Brasília - O ministro da Fazenda, Guido Mantega, considera normal a queda do emprego industrial.
Hoje (10) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou que a indústria brasileira teve redução de 0,7% no emprego em julho, na comparação com junho.
Em 2014, o setor já acumula perda de 2,6%.
“Nós temos uma rotatividade que é normal. Em alguns momentos é um pouco maior a saída em algum setor. Mas o que interessa é o saldo geral, que [indica que] o emprego continua aumentando e o nosso desemprego continua sendo um dos menores do mundo”, defendeu Mantega.
O IBGE informou ainda que, no índice acumulado no ano, o emprego industrial acumulou taxas negativas em treze dos quatorze locais e em quatorze dos dezoito setores investigados.
São Paulo (-3,7%) apontou o principal impacto negativo, vindo a seguir Rio Grande do Sul (-4,0%), Paraná (-3,9%), Minas Gerais (-1,8%), Região Nordeste (-1,3%) e Rio de Janeiro (-1,9%).
O instituto destacou, porém, que Pernambuco, com avanço de 1,1%, exerceu a única pressão positiva.
Setorialmente, apontam os dados do IBGE, as contribuições negativas mais relevantes vieram de produtos de metal (-6,7%), máquinas e equipamentos (-5,0%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (-6,7%), calçados e couro (-7,7%), meios de transporte (-3,7%), produtos têxteis (-5,1%), refino de petróleo e produção de álcool (-8,3%), vestuário (-2,6%) e outros produtos da indústria de transformação (-3,2%). Já os principais impactos positivos vieram de alimentos e bebidas (0,5%) e produtos químicos (1,9%).
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1. Grandes economias sofrem com o elevado desemprego
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São Paulo - Enquanto o governo brasileiro comemora o nível mais baixo de desemprego desde 2002 (6,1% da População Economicamente Ativa), o espanhol perde o sono tentando recuperar o mercado de trabalho de seu país, castigado por um índice de 20%. A situação se repete em outros países da zona do euro, além dos Estados Unidos. Segundo pesquisas realizadas pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), depois da crise mundial, países emergentes e desenvolvidos passaram a trilhar caminhos opostos. Nos primeiros, o que se viu foi uma rápida recuperação econômica, acompanhada de um salto no nível de emprego. Ao mesmo tempo, o segundo grupo patinava para sair da turbulência, atingido por uma severa depressão na economia, que atingiu a força de trabalho. O consultor especialista em empregos Gilberto Guimarães explica que nas economias desenvolvidas , o setor de serviços atualmente oferece o maior número dos postos de trabalho. "Com a crise financeira, este setor foi o mais afetado e o número de empregos foi reduzido dramaticamente", diz. Ao mesmo tempo, a turbulência encareceu a mão-de-obra na indústria. "Ficou mais barato produzir em países periféricos, e houve uma desindustrialização maciça na Europa e nos Estados Unidos". Diante de uma variedade de complicações, dentre as quais a que mais preocupa é o envelhecimento da força, os governos europeus enfrentam uma situação com poucas saídas, a maioria envolvendo medidas altamente impopulares. Os números da OIT mostram que, dos 10 países do mundo com as maiores taxas de desemprego, seis são europeus, um é africano, dois são sul-americanos, e os outros dois são os Estados Unidos e o Canadá. O primeiro do ranking é a África do Sul, seguida pelos Estados Unidos. O Brasil aparece na 12ª posição. Veja nas imagens ao lado quais são as 10 maiores taxas de desemprego do mundo, segundo a OIT. Leia mais:
Bolsa Família mascara os números do desemprego no Brasil
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2. 1 - África do Sul
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São Paulo - A África do Sul possui atualmente a maior taxa de desemprego do mundo, segundo a OIT. Cerca de 25% da população economicamente ativa do país está sem trabalho. Esta pressão no mercado deve-se em grande parte às dispensas de funcionários temporários contratados durante o período da Copa do Mundo.
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3. 2 - Espanha
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São Paulo - Com a maior taxa de desemprego da Europa (20%), a Espanha aparece em segundo lugar no ranking da OIT. A contração da economia do país, intensificada pelos problemas graves relacionados ao déficit público, vão promover um avanço de 2,5% no índice de desemprego. Entretanto, o país tem trabalhado para sair desta condição, e tem conseguido sucesso com medidas de flexibilização das leis trabalhistas.
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4. 3 - Turquia
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São Paulo - A Turquia tem o terceiro maior nível de desemprego do mundo, com uma taxa de 12,4%. Entretanto, o país caminha na direção de reverter este quadro. Segundo dados da OIT, o país deve crescer quase 8% em 2010, promovendo um recuo de 2% na quantidade de desempregados.
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5. 4 - França
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São Paulo - Outro europeu na lista dos índices elevados de desemprego, a França aparece no quarto lugar, com uma taxa de 9,8%. Bastante afetado pela crise, o país perdeu grande parte dos postos de trabalho no setor de serviço. Ao mesmo tempo, o país enfrenta uma situação dramática com o envelhecimento de sua população economicamente ativa, o que pode levar a uma futura crise de produtividade.
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6. 5 - Estados Unidos
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São Paulo - Com 9,8% da população economicamente ativa sem trabalho, os Estados Unidos aparecem na quinta posição na lista da OIT com as maiores taxas de desemprego do mundo. O país amarga uma situação severa em seu mercado de trabalho desde o auge da crise, no fim de 2008. O setor mais frágil é o de serviço, e as áreas mais impactadas são as de vendas de automóveis, mercado imobiliário e setor financeiro.
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7. 6 - Itália
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São Paulo - Em sexto lugar no ranking das maiores taxas de desemprego, segundo a OIT, vem a Itália, com 8,4%. Em 2010 o país deve crescer pouco mais de 1%, sofrendo com um avanço de 1% no desemprego. Os problemas do país em muito se assemelham aos das demais economias europeias. A crise deteriorou o setor de serviços da Itália, e colaborou para a redução da oferta de vagas na indústria.
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8. 7 - Canadá
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São Paulo - O Canadá atualmente tem uma taxa de desemprego em torno dos 8,3%, segundo a OIT. Este número o coloca como o sétimo país na lista dos que têm os maiores índices. Além de ter que lidar com o envelhecimento de sua população, à semelhança dos EUA o país também enfrenta um processo de desindustrialização que reduz ainda mais a oferta de postos de trabalho.
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9. 8 - Argentina
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São Paulo - No oitavo lugar da lista das maiores taxas de desemprego do mundo aparece a Argentina, com um índice de 8,1%. Em 2010 o país deve crescer pouco mais de 7%, e este desempenho já começa a aparecer no mercad0 de trabalho. Neste ano houve recuo de 0,5% no número de desempregados.
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10. 9 - Rússia
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São Paulo - A Federação Russa, junto com a Inglaterra, apresenta um índice de desemprego de 7,8%, de acordo com a OIT. A situação é uma das piores que o país já enfrentou. A falta de empregos aumentou as tensões sociais e levou o governo russo a investimentos de emergência para controlar as pressões no mercado de trabalho. Os maiores gastos foram destinados ao aumento de vagas em estatais.
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11. 10 - Reino Unido
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São Paulo - Atualmente, segundo os últimos dados compilados pela OIT, o Reino Unido tem a 10ª maior taxa de desemprego do mundo, que corresponde a 7,8% de sua população economicamente ativa. Embora os números estejam diminuindo, em comparação ao início do ano, segundo a Bloomberg, o país espera uma perda de 3,25 milhões de empregos em 2010. Com o elevado nível desemprego, as despesas do Estado aumentaram, levando a uma maior pressão sobre o déficit orçamental.