Trabalhadoras em Altamira, no Pará: Brasil manteve desemprego reduzido, apesar da crise internacional e do baixo crescimento da economia (Valter Campanato/ABr)
Da Redação
Publicado em 22 de agosto de 2013 às 10h55.
Rio de Janeiro - O índice de desemprego no Brasil em julho foi de 5,6% da população economicamente ativa, o menor nos últimos cinco meses, informou nesta quinta-feira o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Apesar de ter caído 0,4 ponto percentual em relação a junho (6%) e ter voltado ao nível em que estava em fevereiro, a taxa de desemprego do mês passado ficou 0,2 ponto percentual acima da medida em julho de 2012 (5,4%).
De acordo com os dados oficiais, o número de desempregados em julho nas seis maiores regiões metropolitanas do Brasil, nas quais o índice é medido, era de 1,4 milhão de pessoas, sem variação em relação a junho nem ao mesmo mês do ano passado.
O número de pessoas ocupadas nas mesmas seis cidades em julho era de 23,1 milhões, estável frente a junho, mas em 1,5% superior a do mesmo mês do ano passado.
Isso significa que o Brasil gerou nos últimos 12 meses 339 mil novos postos de trabalho.
O IBGE também informou que o rendimento médio do trabalhador brasileiro em julho era de R$ 1.848,40 reais, com queda de 0,9% frente ao de junho e um crescimento de 1,5% em relação ao mesmo mês de 2012.
O Brasil conseguiu manter o índice de desemprego reduzido, apesar da crise internacional e do baixo crescimento da economia nacional nos últimos anos.
A conjuntura econômica, no entanto, reduziu a capacidade do país de gerar novos empregos formais.
Segundo números divulgados nesta quarta-feira pelo Ministério do Trabalho, as empresas brasileiras geraram 41.463 novos empregos formais em julho, o menor número para esse mês nos últimos dez anos e muito abaixo do alcançado no mesmo mês de 2012 (146.496).
"É nossa realidade. Não são os números que gostaríamos, mas o emprego pelo menos ainda cresce. Vivemos uma crise mundial e todo o mundo está demitindo trabalhadores", afirmou o ministro do Trabalho, Manoel Dias, ao comentar os dados.
De acordo com o funcionário, com uma economia que crescerá este ano entre 2% e 3%, o Brasil não consegue gerar tantos empregos quanto se expandisse a taxas de 6%.
O Governo prevê para este ano um crescimento econômico de 3%, acima da projeção do Banco Central (2,7%) e dos economistas do mercado financeiro (2,21%).
O índice oficial de desemprego mede o número de pessoas que procura trabalho nas cidades de Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre, por isso que não leva em conta os já absorvidos pelo setor informal, os que desistiram de procurar, nem o resto do país.