Eurostat estima que 18,129 milhões de pessoas estavam desempregadas em dezembro na zona do euro (John Macdougall/AFP)
Da Redação
Publicado em 30 de janeiro de 2015 às 13h59.
Bruxelas - O desemprego na zona do euro caiu em dezembro um décimo, a 11,4%, o nível mais baixo desde agosto de 2012, indicou nesta sexta-feira a agência europeia de estatísticas, Eurostat.
Segundo estes números, o Eurostat estima que 18,129 milhões de pessoas estavam desempregadas em dezembro na zona do euro, composta por 18 países, 157.000 a menos que em novembro e 693.000 a menos que um ano atrás.
No conjunto da União Europeia (UE), de 28 países, o desemprego também caiu um décimo em relação a novembro, a 9,9%, e em relação a dezembro de 2013 caiu sete décimos.
Isso significa que há 24,056 milhões de pessoas desempregadas, 228.000 a menos que em novembro e 1,71 milhão a menos que em dezembro de 2013.
O desemprego na Alemanha, país que registrou a menor taxa da UE, caiu um décimo para se situar em 4,8%. O mesmo ocorreu na Espanha, onde se situou em 23,7%, embora este país registre o maior índice de desemprego da UE, superado apenas pela Grécia.
Segundo os últimos dados disponíveis sobre o país, o desemprego foi de 25,8% em outubro, dois décimos a menos que em setembro.
A França segue sem registrar mudanças em sua taxa de desemprego, que se situa em 10,3%, um décimo a mais que em dezembro de 2013.
Entre os menores de 25 anos, na Espanha segue sendo registrada uma tendência em baixa, mas a taxa é a mais elevada da UE.
Em dezembro 51,4% dos menores de 25 anos estava sem emprego, quatro décimos a menos que em novembro e uma clara tendência à baixa em relação a dezembro de 2013, quando registrou 54,6% de desempregados.
Segundo as estimativas do Eurostat, 824.000 jovens não tinham emprego em dezembro na Espanha.
Ela é seguida pela Grécia, com 50,6% (em outubro), e pela Itália, com 42%.
Em seu conjunto a zona do euro registrou que 23% dos jovens não tinham emprego em dezembro, ou seja, 3,289 milhões, e na UE eram 21,4%, 4,96 milhões.
Já os preços caíram 0,6% em janeiro na zona do euro, afetados pela queda das tarifas energéticas, segundo uma primeira estimativa da Eurostat, que alerta para o risco de deflação.
Em dezembro a zona do euro havia registrado uma evolução de preços negativa, de -0,2%, pela primeira vez desde outubro de 2009. O cenário se repete, e se acentua, pelo segundo mês consecutivo.
Este número é o menor da história da moeda única. Os preços já alcançaram este nível de contração em julho de 2009.
A deflação, um fenômeno de baixa prolongada e generalizada dos preços e salários que desestimula o consumo e a atividade, constitui um problema para a zona do euro, que busca desesperadamente retomar o crescimento econômico.