Economia

Desemprego na RMSP cai para 10,1% em outubro, diz Dieese

Em outubro deste ano, o nível de ocupação aumentou apenas 0,2%


	Carteira de Trabalho: a indústria de transformação da região gerou 22 mil postos de trabalho
 (Renato Alves/Ministério do Trabalho)

Carteira de Trabalho: a indústria de transformação da região gerou 22 mil postos de trabalho (Renato Alves/Ministério do Trabalho)

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Da Redação

Publicado em 26 de novembro de 2014 às 10h24.

São Paulo - A taxa de desemprego na Região Metropolitana de São Paulo (RMSP) caiu pelo segundo mês consecutivo em outubro, para 10,1%, ante 10,6% em setembro, mostrou a Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED) divulgada pela Fundação Seade e pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), nesta quarta-feira, 26.

Na comparação com igual mês de 2013 (9,6%), contudo, a taxa foi maior.

Em outubro deste ano, o nível de ocupação aumentou apenas 0,2%, sendo estimado em 9,871 milhões de pessoas ocupadas.

No mês passado, o total de desempregados foi previsto em 1,109 milhão de pessoas, 60 mil a menos do que em setembro.

Segundo o Dieese, esse resultado decorreu da "relativa estabilidade do nível de ocupação" e da "ligeira redução" da População Economicamente Ativa (PEA), de -0,4%.

Sob a ótica setorial, a indústria de transformação da região gerou 22 mil postos de trabalho, equivalente a um aumento de 1,3% ante setembro, enquanto no setor de serviços houve criação de 29 mil vagas (0,5%).

Na construção, por sua vez, foram criados apenas 1 mil postos (0,1%). Já o setor de comércio e reparação de veículos automotores e motocicletas eliminou 37 mil postos de trabalho (-2,2%).

Renda média

O rendimento médio real dos ocupados na RMSP 0,6% em setembro, na comparação com agosto, para R$ 1.882,00. Já a renda média real dos assalariados caiu 0,4% no período, ao atingir R$ 1.883,00.

O levantamento mostra que cresceram tanto a massa de rendimentos dos ocupados (1,3%) quanto a dos assalariados (0,3%). De acordo com o Dieese e a Fundação Seade, isso se deve, no primeiro caso, às pequenas elevações do rendimento médio e do nível de ocupação e, para os assalariados, ao crescimento do nível de emprego, uma vez que o salário médio apresentou pequena variação negativa.

Em relação a setembro de 2013, houve uma variação negativa de 1,2% no rendimento médio real dos ocupados e um pequeno aumento de 0,1% no caso dos assalariados.

Na mesma base de comparação, a massa de rendimentos dos ocupados diminuiu 0,6%, resultado da redução do rendimento médio real. Já a dos assalariados cresceu 2%, por causa do aumento do nível de emprego.

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