Economia

Desemprego na Eurozona atinge 11,2%

Este é o maior índice histórico desde a criação da união monetária, em consequência da crise na Espanha

As taxas de desemprego mais elevadas foram registradas na Espanha (24,8%) e na Grécia (22,5% em abril) (Dominique Faget/AFP)

As taxas de desemprego mais elevadas foram registradas na Espanha (24,8%) e na Grécia (22,5% em abril) (Dominique Faget/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 31 de julho de 2012 às 07h28.

Bruxelas - O desemprego na Eurozona atingiu 11,2% em junho, maior índice histórico desde a criação da união monetária, em consequência da crise na Espanha, onde o resultado é o dobro da média europeia, informou a agência de estatísticas europeia Eurostat.

Na Eurozona, integrada por 17 países, a taxa de desemprego corrigida pelas variações sazonais atingiu 11,2% em junho, o mesmo nível registrado em maio.

Entre os Estados membros, as taxas de desemprego mais elevadas foram registradas na Espanha (24,8%) e na Grécia (22,5% em abril). Os dados contrastam radicalmente com outros países da zona do euro, como Áustria (4,5%), o país com menor índice, e Holanda (5,1%).

O desemprego bateu recorde na Itália em junho e registrou uma leve alta na Alemanha.

Na Itália, o índice atingiu 10,8% em junho, contra 10,6% em maio, apesar de uma leve queda entre os mais jovens, segundo os dados preliminares divulgados nesta terça-feira pelo Instituto de Estatísticas (Istat).

O nível de 10,8% é o mais elevado desde o início da série estatística mensal, iniciada em 2004. O desemprego na Itália superou o nível simbólico de 10% pelo quarto mês consecutivo.

Em junho, o país tinha 2,79 milhões em busca de emprego, uma alta de 37,5% na comparação com o mesmo período em 2011. O desemprego entre os jovens, no entanto, caiu de 35,3% em maio a 34,3% em junho.

Na Alemanha, a taxa de desemprego, que estava em queda há vários meses, subiu de 6,6% em junho a 6,8% em julho, anunciou a Agência Federal para o Emprego.

O mercado de trabalho alemão mostrou em julho "sinais de uma evolução mais frágil", segundo um comunicado da agência.

Acompanhe tudo sobre:Crise econômicaCrises em empresasDívida públicaEspanhaEuropaPiigsUnião Europeia

Mais de Economia

BNDES vai repassar R$ 25 bilhões ao Tesouro para contribuir com meta fiscal

Eleição de Trump elevou custo financeiro para países emergentes, afirma Galípolo

Estímulo da China impulsiona consumo doméstico antes do 'choque tarifário' prometido por Trump

'Quanto mais demorar o ajuste fiscal, maior é o choque', diz Campos Neto