Economia

Desemprego na Argentina atinge maior patamar em 16 anos com pandemia

País impôs um rígido bloqueio à movimentação de pessoas em meados de março, o que golpeou uma já abalada economia

Argentina: taxa é a maior desde 2004 e bem acima da de 10,4% do trimestre anterior (AFP/AFP)

Argentina: taxa é a maior desde 2004 e bem acima da de 10,4% do trimestre anterior (AFP/AFP)

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Reuters

Publicado em 23 de setembro de 2020 às 19h45.

Última atualização em 23 de setembro de 2020 às 19h55.

O nível de desemprego na Argentina saltou para 13,1% no segundo trimestre do ano, quando o país foi assolado pela pandemia de coronavírus, informou a agência oficial de estatísticas nesta quarta-feira.

A taxa é a maior desde 2004 e bem acima da de 10,4% do trimestre anterior.

A Argentina impôs um rígido bloqueio à movimentação de pessoas em meados de março, o que golpeou uma já abalada economia (em recessão desde 2018) e deixou muitas empresas lutando para sobreviver. O país agora tem mais de 650.000 casos confirmados de covid-19.

"Esses resultados refletem em grande parte o impacto sobre a dinâmica do mercado de trabalho vindo da pandemia de covid-19 e das restrições a certas atividades e à circulação", disse o órgão de estatísticas Indec em relatório.

A agência informou que os setores mais atingidos incluem construção, hotéis e restaurantes e serviços domésticos.

A Argentina — importante produtor sul-americano de grãos e que está saindo do calote de sua dívida externa — precisa reavivar sua economia e fazer com que as pessoas voltem ao trabalho para evitar um forte aumento da pobreza e reabastecer os cofres do governo.

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