Economia

Desemprego da Eurozona bate recorde de 12% em fevereiro

Mais de 19 milhões de pessoas estavam sem trabalho neste mês, um recorde na história do bloco

Pessoas aguardam atendimento em agência de emprego no subúrbio de Pantin, ao norte de Paris (Fred Dufour/AFP)

Pessoas aguardam atendimento em agência de emprego no subúrbio de Pantin, ao norte de Paris (Fred Dufour/AFP)

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Da Redação

Publicado em 2 de abril de 2013 às 14h11.

Bruxelas - O desemprego na Eurozona alcançou 12% em fevereiro, ou seja, mais de 19 milhões de pessoas estavam sem trabalho naquele mês, um recorde na história do bloco, indicou nesta terça-feira o escritório de estatísticas europeu.

Em um ano, o desemprego na Eurozona aumentou de 10,9% para 12%, indicou o Eurostat. Os dados são especialmente catastróficos na Espanha (26,3%) e em Portugal (17,5%). Na Grécia, o desemprego correspondente a dezembro foi de 26,4%.

Os dados são especialmente negativos para a Espanha (26,3%) e Portugal (17,5%). Na Grécia, o desemprego correspondente a dezembro foi de 26,4%.

O desemprego também aumentou nos países ricos, como a Alemanha, de 5,3% para 5,4%, e em Luxemburgo (de 5,3% para 5,5%).

Mas os dados confirmam a distância entre os grupos formados pelos países do norte e pelos do sul, submetidos a rígidos planos de austeridade para sair da crise da dívida. Na Áustria, o desemprego alcançou 4,8% e na Holanda chegou a 6,2%.

Os dados são especialmente trágicos para os mais jovens: 23,9% dos jovens estavam desempregados na Eurozona, em comparação com os 22,3% de fevereiro de 2012. Esta situação foi particularmente catastrófica na Espanha (55,7%), Portugal (38,2%) e Itália (37,8%). Na Grécia, 58,4% dos jovens com menos de 25 anos estava sem trabalho em dezembro.

O desemprego caiu ligeiramente em março na Espanha, embora o número de desempregados continue sendo superior a cinco milhões, anunciou nesta terça-feira o ministério do Emprego, enquanto o país segue em recessão e é submetido a um esforço de austeridade draconiano.

O ministério do Emprego afirmou que se trata da primeira queda do desemprego em um mês de março desde 2008, ano no qual a explosão da bolha imobiliária precipitou a crise.

No conjunto da União Europeia registrou uma alta de um décimo, a 10,8%, no primeiro mês do ano e a 10,9% no segundo.

*Matéria atualizada às 11h34

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