Economia

Desemprego caiu quase 20% entre 2009 e 2011, mostra PNAD

Segundo o IBGE, o número de pessoas no país que procuraram emprego e não conseguiram passou de 8,2 milhões em 2009 para 6,6 milhões em 2011


	Entrevista de emprego: o IBGE verificou que, quanto mais velha for a pessoa, menor a taxa de desemprego
 (Getty Images)

Entrevista de emprego: o IBGE verificou que, quanto mais velha for a pessoa, menor a taxa de desemprego (Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 21 de setembro de 2012 às 11h57.

Rio de Janeiro – O número de pessoas desempregadas no Brasil caiu 19,3% entre 2009 e 2011. Segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios 2011 (Pnad), divulgada hoje (21) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o número de pessoas no país que procuraram emprego e não conseguiram passou de 8,2 milhões em 2009 para 6,6 milhões em 2011.

A taxa de desemprego também caiu, de 8,2% para 6,7% no período, atingindo o menor patamar, pelo menos, desde 2004. Segundo a gerente da Pnad, Maria Lucia Vieira, a grande redução do desemprego entre 2009 e 2011 reflete a recuperação econômica do país nesse período, depois da crise econômica.

“A taxa de desocupação vinha caindo desde 2004, mas, em 2009, com a crise, a taxa subiu, apesar de não ter subido tanto na comparação com outros países. A crise teve um reflexo no mercado de trabalho do país, na época. Em 2011, a taxa caiu ficando abaixo inclusive do que a gente vinha observando desde 2004. Isso significa que as pessoas estão conseguindo ocupações no mercado de trabalho”, disse.

Em todas as regiões do país, a taxa de desemprego caiu. A Região Sul apresentou o menor índice em 2011: 4,3%. Mas as maiores quedas, entre 2009 e 2011, foram registradas nas regiões Centro-Oeste (de 7,7% para 5,8%) e Sudeste (de 8,8% para 7%). Já a Região Nordeste apresentou a maior taxa de desemprego em 2011 (7,9%) e a pior evolução no período de dois anos (de 8,9% para 7,9%).

A queda também foi generalizada para as faixas etárias, com destaque para a população de 18 a 24 anos, cuja taxa passou de 16,6% em 2009 para 13,8% em 2011. O IBGE verificou que, quanto mais velha for a pessoa, menor a taxa de desemprego. Entre os jovens de 15 a 17 anos, o índice ficou em 22,9%, enquanto entre os adultos com 50 anos ou mais ficou em 2,4%.

A Pnad também avaliou o perfil do desempregado no país. Em 2011, 59% das pessoas que procuravam trabalho eram mulheres, 57,6% eram pretas ou pardas, 53,6% não tinham concluído o ensino médio, 33,9% eram jovens de 18 a 24 anos e 35,1% buscavam o primeiro emprego.

A pesquisa mostrou que, apesar da queda da taxa de desemprego, o percentual de pessoas empregadas no país diminuiu de 62,9% para 61,7%. A redução dos dois indicadores (taxas de desocupação e de ocupação) mostra que o número de pessoas que não estão trabalhando nem procurando emprego (população não economicamente ativa) cresceu no país.

O número absoluto de pessoas empregadas cresceu 1,1% no país e chegou a 92,5 milhões em 2011. Apenas a Região Nordeste teve queda no número absoluto de pessoas empregadas (-0,9%) que chegou a 23,2 milhões. A redução de cerca de 200 mil pessoas na força de trabalho nordestina pode ser explicada, em grande parte, pela saída de adolescentes do mercado entre 2009 e 2011.

Acompanhe tudo sobre:América LatinaDados de BrasilDesempregoEstatísticasIBGEPNAD

Mais de Economia

BNDES vai repassar R$ 25 bilhões ao Tesouro para contribuir com meta fiscal

Eleição de Trump elevou custo financeiro para países emergentes, afirma Galípolo

Estímulo da China impulsiona consumo doméstico antes do 'choque tarifário' prometido por Trump

'Quanto mais demorar o ajuste fiscal, maior é o choque', diz Campos Neto