Embora níveis de emprego sejam elevados, ineficiência da mão-de-obra brasileira preocupa, de acordo com Gilberto Guimarães (Jorge Rosenberg/VEJA)
Da Redação
Publicado em 1 de setembro de 2011 às 22h12.
Rio de Janeiro - O emprego informal no país, em julho, absorveu 34,8% da população economicamente ativa (PEA), a menor taxa de informalidade desde 2002, quando o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) deu inicio à Pesquisa Mensal de Emprego (PME). A taxa de desemprego, que ficou em 6%, também é a menor da série histórica.
As constatações são do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), que divulgou hoje (1º) o estudo sobre mercado de trabalho, conjuntura e análise, que traça um perfil do comportamento do mercado de trabalho no país no primeiro semestre deste ano, em comparação com 2010.
O estudo classifica como "bom" o desempenho do mercado de trabalho no primeiro semestre, com melhora “significativa” da maioria dos principais indicadores. A análise constata, em relação ao nível de atividade, “uma continuidade do crescimento da economia, porém em menor ritmo”.
O técnico de Planejamento e Pesquisa do Ipea Carlos Henrique Leite disse à Agência Brasil que há um aspecto preocupante detectado pelo estudo em relação à renda do trabalhador, que se manteve estável no período. “O rendimento do trabalhador ficou meio parado neste primeiro semestre, mas, embora esse valor esteja andando de lado, ou mesmo meio parado ao longo do primeiro semestre, ele ainda é maior do que o do primeiro semestre de 2010”.
Uma preocupação que foi amenizada, segundo ele, no começo do segundo semestre. “Em julho, o rendimento apresentou um crescimento de 2,2% sobre junho, o que amenizou esta preocupação com os primeiros seis meses do ano”.