Economia

Desemprego atinge 200 milhões em todo o mundo, diz Putin

Estatísticas da OIT estimam que 200 milhões de pessoas estão desempregadas em todo o mundo, afirmou presidente russo em encontro do G20


	Jovem protesta contra desemprego na Espanha: "o desemprego estrutural e a redução das oportunidades de emprego para trabalhadores qualificados leva à emergência de uma classe de "novos pobres" e a um crescente número de pessoas vivendo às margens do Estado”, disse Putin
 (AFP)

Jovem protesta contra desemprego na Espanha: "o desemprego estrutural e a redução das oportunidades de emprego para trabalhadores qualificados leva à emergência de uma classe de "novos pobres" e a um crescente número de pessoas vivendo às margens do Estado”, disse Putin (AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 18 de julho de 2013 às 12h34.

Brasília – O encontro dos ministros do Trabalho do G20 - grupo das nações mais desenvolvidas do mundo - começou hoje (18), em Moscou, na Rússia, país que preside o grupo em 2013. A Reunião dos Ministros do Trabalho com Parceiros Sociais, que irá até sábado (20), promoverá o encontro não só dos representantes dos países envolvidos, mas, também, de membros da sociedade civil e de representações de empregados e de empregadores de vários países.

O ministro brasileiro, Manoel Dias, está na Rússia desde ontem (17) para a reunião, que debaterá as prioridades na área de trabalho e emprego, a criação de postos de trabalho, a implementação da agenda de emprego acordada pelo G20, a inclusão pelo trabalho, além de políticas sociais nessa área.

Ontem, Dias se encontrou com o secretário-geral da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), Angel Gurría. A organização está elaborando um estudo sobre o desemprego jovem em economias emergentes, entre as quais o Brasil está incluído. Hoje, o tema do encontro será o Diálogo Social sobre Prioridades em Trabalho e Emprego e a Criação de Emprego. Amanhã (19), o tema da pauta é a Ativação do Trabalho, Equidade e Inclusão e ainda deverá ser feito um relatório com os progressos feitos pelos países do grupo na implementação da Agenda do Emprego do G20.

Hoje, o presidente russo, Vladmir Putin, abriu o encontro e informou que o crescimento econômico e a geração de empregos são os objetivos primários da presidência do país no G20. “Estatísticas da Organização Internacional do Trabalho (OIT) estimam que haja cerca de 200 milhões de desempregados no mundo hoje. O desemprego jovem tem se tornado uma maldição do nosso tempo. O desemprego estrutural e a redução das oportunidades de emprego para trabalhadores qualificados leva à emergência de uma classe de "novos pobres" e a um crescente número de pessoas vivendo às margens do Estado”, disse Putin, em nota.


A criação de empregos é uma das prioridades da Rússia, em 2013. No esboço do plano de trabalho do país, a crise no mercado de trabalho, o desemprego e o subemprego foram questões citadas como razões de tensão entre os trabalhadores e suas famílias.

No documento, é proposta uma força-tarefa para envidar esforços no sentido de criar postos de trabalho pela implementação de políticas monetária e fiscal, inovação, promoção de pequenas empresas, apoio a grupos vulneráveis e monitoramento do mercado de trabalho dos membros do G20.

Até o final do ano, a força-tarefa pretende ter elaborado a declaração dos ministros do Trabalho do grupo. O documento, que está sendo elaborado no encontro entre hoje e sábado, estabelecerá um banco de dados com políticas que facilitem a criação de empregos e um relatório com os progressos atingidos pelos países-membro relacionados a emprego de jovens.

Segundo o presidente, a solução efetiva dos problemas relacionados ao desemprego dependem de medidas sistêmicas e compreensivas, que levem em consideração circunstâncias macroeconômicas, financeiras e sociais. Ontem, véspera do início da reunião, a OIT pediu que os líderes do G20 invistam em emprego.

Acompanhe tudo sobre:DesempregoG20Mercado de trabalhoOCDEOITPolíticosVladimir Putin

Mais de Economia

BNDES vai repassar R$ 25 bilhões ao Tesouro para contribuir com meta fiscal

Eleição de Trump elevou custo financeiro para países emergentes, afirma Galípolo

Estímulo da China impulsiona consumo doméstico antes do 'choque tarifário' prometido por Trump

'Quanto mais demorar o ajuste fiscal, maior é o choque', diz Campos Neto