BNDES: presidente da instituição tem insistido que concessões do banco no acumulado de 2018 devem ficar entre 70 bilhões e 80 bilhões de reais (Nacho Doce/Reuters)
Reuters
Publicado em 24 de julho de 2018 às 18h06.
Última atualização em 24 de julho de 2018 às 18h06.
São Paulo - Os empréstimos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) somaram 27,8 bilhões de reais de janeiro a junho, uma queda de 17 por cento ante mesma etapa de 2017, indicando que os desembolsos do banco de fomento devem ter o quinto ano consecutivo de retração.
Segundo os dados revelados pela instituição nesta terça-feira, as aprovações, que são uma etapa anterior à efetiva concessão dos créditos, caíram 10 por cento no período, para 30,26 bilhões de reais. Enquanto isso, as consultas, primeira fase do processo, cresceram 4 por cento.
Refletindo o efeito combinado de recessão econômica do país, a troca de uma taxa subsidiada (TJLP) por outra de mercado (TLP) para concessão de crédito e o fim das injeções de recursos pelo governo federal, o BNDES teve em 2017 o quarto ano seguido de declínio dos desembolsos, a 70,8 bilhões de reais, atingindo o menor nível em uma década.
Apesar do ritmo ainda cadente dos últimos meses, o presidente do BNDES, Dyogo Oliveira, tem insistido que as concessões do banco no acumulado de 2018 devem ficar entre 70 bilhões e 80 bilhões de reais. A previsão do antecessor dele na presidência do BNDES, Paulo Rabello de Castro, era de 80 bilhões de reais, que já tinha sido diminuída em relação à estimativa inicial de 90 bilhões de reais.