Fernando Haddad, ministro da Fazenda (Diogo Zacarias/MF/Flickr/Divulgação)
Repórter especial de Macroeconomia
Publicado em 21 de fevereiro de 2025 às 09h49.
Última atualização em 21 de fevereiro de 2025 às 10h15.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta sexta-feira, 21, que o desafio para isentar do Imposto de Renda trabalhadores com salários mensais de até R$ 5.000 será compensar a renúncia por meio da tributação do “andar de cima”.
“O desafio não vai ser isentar, vai ser compensar com quem não paga. E vamos ter que chegar no andar de cima. E pedir para que quem não paga nada pague um pouco. O trabalhador paga 27,5%”, disse, durante entrevista ao ICL Notícias.
Segundo Haddad, a reforma tributária feita pelo governo petista é a mais ambiciosa e progressista da história do Brasil. O ministro da Fazenda afirmou que as novas regras preveem que as pessoas inscritas nos programas sociais receberão a devolução de impostos, instantaneamente, de vários produtos.
“Estamos fazendo uma reforma tributária absolutamente digital e transparente. Todo mundo paga, mas paga menos. Isso mantém a arrecadação, mas distribuindo o ônus por mais pessoas. De maneira que os privilegiados, que hoje não pagam impostos, vão pagar para que os trabalhadores paguem menos”, afirmou.
O ministro da Fazenda ainda afirmou que a população de baixa é quem sustenta o Estado brasileiro com o pagamento de impostos sobre o consumo ou sobre a renda.
“Hoje, quem paga imposto no Brasil é a população de mais baixa renda. Ou sobre consumo, ou descontado do IR na fonte. Esse que sustenta o estado. Queremos inverter um pouco, com as resistências conhecidas, fazendo com que quem não paga passe a pagar”, disse.