João Doria: Desde a campanha pelo governo de São Paulo, o político prometeu desestatizar o maior número de empresas possível (Exame/Exame)
Da Redação
Publicado em 8 de julho de 2019 às 06h51.
Última atualização em 8 de julho de 2019 às 12h14.
Depois de Nova York e em mais um movimento para cumprir a promessa de campanha de desestatizar empresas paulistas, nesta segunda-feira, 8, o governador de São Paulo, João Doria (PSDB-SP), inicia uma nova jornada internacional de encontros com fundos de investimentos estrangeiros.
Dessa vez em Londres, na Inglaterra, Doria tentará novamente vender o Plano de Concessões e PPPs (Parcerias Público-Privadas) do Governo do Estado aos investidores de fora.
O governo tem 21 projetos prioritários de concessões e PPSs aprovados pelo Conselho de Desestatização e Desburocratização e que estão em andamento. No pacote geral, a gestão avalia que há ao menos 220 oportunidades de investimentos no estado.
Essa será a segunda investida de Doria em poucos meses para tentar trazer investimentos do exterior para o estado de São Paulo. Os 21 projetos de concessão e PPPs já foram ofertados aos fundos norte-americanos, que demostraram interesse de parceria, segundo o tucano, que agora oferecerá mais uma parte do pacote de privatizações aos ingleses.
A viagem, que deve durar até a próxima quinta-feira, irá incluir encontros com investidores de áreas como infraestrutura, transporte e educação. Doria também visitará o centro de pesquisa de um dos maiores grupos farmacêuticos do mundo, a Astrazeneca. A empresa já tem uma fábrica no interior de São Paulo e o governador tentará convencer o grupo a investir na construção de um centro de inovação no estado.
Desde a campanha pelo governo de São Paulo, no ano passado, Doria prometeu desestatizar o maior número de empresas possível. Foi o que aconteceu no último mês de março com o parque Ibirapuera, um dos principais pontos turísticos da cidade de São Paulo que foi concedido por 35 anos à empreiteira Construcap. A concessão, que trouxe 70,5 milhões de reais ao estado, gerou polêmica porque a empresa vencedora já teve um de seus donos preso pela operação Lava-Jato.