Segundo estudo do Citgroup, 31 milhões de mulheres enfrentam possíveis demissões em comparação com 13 milhões de homens (Morsa Images/Getty Images)
Carla Aranha
Publicado em 24 de maio de 2020 às 08h00.
Última atualização em 24 de maio de 2020 às 08h00.
Cerca de 1 trilhão de dólares pode ser perdido de crescimento global com a saída de mulheres da força de trabalho durante a pandemia de coronavírus, segundo uma análise do Citigroup.
Dos 44 milhões de trabalhadores em setores vulneráveis, cerca de 31 milhões de mulheres enfrentam possíveis demissões em comparação com 13 milhões de homens. Globalmente, as mulheres são mais vulneráveis a perder o emprego durante a crise. A avaliação exclui a China, e o número seria provavelmente maior se a segunda maior economia do mundo fosse incluída.
O Citi estima que mais de 220 milhões de mulheres estejam em setores vulneráveis a cortes de empregos em meio à pandemia. Se aproximadamente 31 milhões de mulheres em seis setores-chave forem demitidas, isso pode significar uma perda equivalente de até 1 trilhão de dólares para o PIB global real.
“A maior vulnerabilidade das mulheres à perda de empregos se deve à segmentação das trabalhadoras em setores que são os mais afetados negativamente pelos problemas do coronavírus“, disseram Dana Peterson e Catherine Mann, economistas do Citi, em relatório.
“Muitas das políticas que promoveram a participação da força de trabalho feminina antes do coronavírus são ainda mais adequadas em um mundo pós-pandemia", escreveram as economistas do Citi.