Economia

Demanda por voos no Brasil sobe 3,2% em abril, diz Abear

Oferta aumentou 2 por cento na mesma base de comparação, fazendo com que a taxa de ocupação das aeronaves ficasse em 80,23 por cento

Aviação: oferta aumentou 2 por cento na mesma base de comparação, fazendo com que a taxa de ocupação das aeronaves ficasse em 80,23 por cento (Dado Galdieri/Bloomberg)

Aviação: oferta aumentou 2 por cento na mesma base de comparação, fazendo com que a taxa de ocupação das aeronaves ficasse em 80,23 por cento (Dado Galdieri/Bloomberg)

R

Reuters

Publicado em 23 de maio de 2017 às 09h58.

Última atualização em 23 de maio de 2017 às 10h32.

São Paulo - A demanda por voos domésticos subiu 3,2 por cento em abril ante o mesmo período de 2016, avançando pelo segundo mês seguido nessa base de comparação, informou nesta terça-feira a Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear).

A oferta aumentou 2 por cento na mesma base de comparação, fazendo com que a taxa de ocupação das aeronaves ficasse em 80,23 por cento, alta de 0,93 ponto percentual, segundo dados disponíveis no site da entidade.

No total, foram transportados 6,9 milhões passageiros em abril, elevação de 2,8 por cento.

A Abear alertou, contudo, que os dados devem ser analisados com ressalvas como indicativos da retomada consistente de crescimento do setor, uma vez que o desempenho da demanda mostra desaceleração frente a março, quando subiu 5,9 por cento.

"Além disso, o crescimento atual se dá sobre o menor nível absoluto de demanda (abril/16) em 50 meses (desde fevereiro/13). Não sem explicação, tal desempenho havia configurado a maior retração da demanda de todo o ano passado (baixa de 12,2 por cento em comparação com abril/15)", destacou em nota.

Na divulgação dos dados de março, a entidade já havia sinalizado que o próximos meses deveriam apresentar crescimento em razão da base de comparação.

Entre as companhias no mercado doméstico, a Gol liderou em participação em abril, com 35,27 por cento, seguida por Latam, com 33,04 por cento. A Azul ocupou o terceiro lugar, com 18,93 por cento, e a Avianca o quarto, com 12,76 por cento.

No acumulado dos quatro primeiros meses do ano, a demanda doméstica inverteu o sinal e passou a acumular acréscimo de 0,5 por cento, enquanto a oferta consolidada ainda ficou com desempenho negativo, tendo queda de 0,8 por cento em relação ao mesmo período de 2016. A taxa de ocupação no período foi de 80,9 por cento.

Mercado internacional

No segmento de voos internacionais, abril registrou expansão de 17,4 por cento na demanda e de 11,9 por cento na oferta ante o mesmo mês do ano passado. O fator de aproveitamento subiu 3,98 pontos percentuais, para 85,32 por cento de ocupação. O total de passageiros transportados no mês foi de 637 mil, alta de 18 por cento na comparação anual.

"Os valores de oferta, demanda, volume de passageiros e fator de aproveitamento são os mais elevados para o mês de abril na série histórica", disse a Abear.

A Latam foi líder no segmento internacional com fatia de mercado de 77,61 por cento, seguida por Gol, com 11,16 por cento. A Azul teve participação de 11,11 por cento e a Avianca ficou com 0,12 por cento do mercado.

No acumulado do quadrimestre encerrado em abril, a demanda por viagens internacionais, considerando apenas as estatísticas das empresas brasileiras, subiu 11,1 por cento e a oferta avançou 5,6 por cento, o que culminou em um aproveitamento de 85,59 por cento no período, mostrou a Abear.

O transporte aéreo doméstico de cargas movimentou 24,4 mil toneladas em abril, baixa de 8,2 por cento na base anual.

As estatísticas da Abear são referentes às operações das empresas Avianca, Azul, Gol e Latam, integrantes da Abear, que respondem juntas por mais de 99 por cento do mercado doméstico e 30 por cento do mercado internacional.

Acompanhe tudo sobre:Aviaçãocompanhias-aereaseconomia-brasileira

Mais de Economia

Estímulo da China impulsiona consumo doméstico antes do 'choque tarifário' prometido por Trump

'Quanto mais demorar o ajuste fiscal, maior é o choque', diz Campos Neto

Manifestantes se reúnem na Avenida Paulista contra escala 6x1

Presidente do Banco Central: fim da jornada 6x1 prejudica trabalhador e aumenta informalidade