Segundo a Abear, no primeiro semestre a demanda por viagens internacionais aumentou 13,1% e a oferta 13,6% (SXC.Hu)
Da Redação
Publicado em 23 de julho de 2015 às 15h58.
A demanda por transporte aéreo dentro do país cresceu 3,8% nos primeiros seis meses do ano de 2015 na comparação com o mesmo período do ano passado, de acordo com dados divulgados hoje (23) pela Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), que reúne informações das companhias TAM, Gol, Azul e Avianca.
Nesse mesmo período, a oferta foi ampliada em 2,8%. O total de passageiros a transportados somou 47,1 milhões, um aumento de 3,3%.
Segundo a Abear, no primeiro semestre a demanda por viagens internacionais aumentou 13,1% e a oferta 13,6%. O total de passageiros que viajaram para fora do país foi de 3,5 milhões, 15,1% a mais do que no mesmo período do ano passado.
Os dados mostram ainda que, em junho, a demanda doméstica cresceu 1,7% sobre o mesmo mês do ano passado. A oferta cresceu 2,5% e foram 7,6 milhões de passageiros transportados, 6% a mais do que em junho do ano anterior.
Segundo a Abear, o movimento está relacionado ao período de férias escolares. Já a demanda internacional avançou 11,6% e a oferta 12,3%. Embarcaram em voos internacionais 560 mil passageiros, 13,6% a mais do que em junho de 2014.
De acordo com o presidente da Abear, Eduardo Sanovicz, a expectativa para o ano de 2015 é de que o setor não tenha o mesmo crescimento registrado no ano passado, com tendências a se estabilizarem em um patamar menor do que o de 2014.
“Ainda não temos condições de afirmar em que valores, porque as reações de cada empresa a esse cenário atual são individuais, já que o modelo de negócio de cada uma é independente e distinto”.
Sobre o anúncio feito pela companhia aérea TAM, há três dias, sobre a redução de suas operações no mercado doméstico, em até 10%, e a redução de até 2% no quadro de funcionários, Sanovicz comentou que a aviação é um setor que contrata seu futuro com muito tempo de antecedência.
“Temos características peculiares. Se queremos comprar um avião, temos que encomendar dois anos antes. Procuramos fazer movimentos de longo prazo para crescer ou para fazer ajustes preventivos. O movimento que uma empresa faz, de ajuste de malha, não tem relação com a posição de mercado. Está relacionado com a velocidade de crescimento que ela vem experimentando e com o cenário que ela vislumbra para os próximos 12, 18, 24 meses”, explicou Sanovicz.
Em nota, a TAM explicou que não haverá impacto nas equipes de tripulação, dado os planos de crescimento de médio prazo. “A companhia dará apoio aos colaboradores impactados por meio de consultorias especializadas em recolocação profissional”.
Segundo a TAM, a medida não afetará os destinos, uma vez que não deixará de operar voos para nenhuma das localidades servidas pela empresa. A presidência da empresa classificou a medida como um ajuste para enfrentar o contexto econômico do país.