Economia

Demanda por crédito cai 3,1% em 2012

É o pior resultado anual desde 2007

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Da Redação

Publicado em 11 de janeiro de 2013 às 11h37.

São Paulo – A quantidade de pessoas que procuraram crédito em 2012 teve queda de 3,1% em relação a 2011, segundo a empresa de consultoria Serasa Experian. É o pior resultado anual da série histórica do indicador, iniciada em 2007.

Antes, o único ano em que havia sido observada a redução na demanda do consumidor por crédito foi 2009, quando houve uma queda de 1,2%. Na época, a economia brasileira passava por um período recessivo devido à crise financeira internacional de setembro de 2008.

Segundo economistas da Serasa, a queda de 2012 ocorreu em razão da escalada da inadimplência e dos elevados graus de endividamento e comprometimento da renda do consumidor.

No ano passado, a demanda do consumidor por crédito apresentou dois comportamentos distintos. Primeiro, houve queda nos três primeiros trimestres do ano (no primeiro trimestre, de 6,8%; no segundo, de 7,9%; e no terceiro, de 3,1%). Depois, verificou-se um início de recuperação a partir do último trimestre do ano (alta de 6%).

O crescimento positivo do quarto trimestre, porém, foi insuficiente para compensar o recuo acumulado durante os primeiros nove meses do ano.


Por regiões, as localidades com rendas per capita mais baixas apresentaram os melhores resultados na busca dos consumidores por crédito. No Norte, houve expansão de 4,8% em relação ao ano de 2011 e no Nordeste, de 1,7%. As regiões mais desenvolvidas tiveram variações negativas: -4,2%, no Sudeste; -4,4%, no Centro-Oeste; e -5,6%, no Sul.

Apenas os consumidores que ganham até R$ 500 por mês elevaram a demanda por crédito, com aumento de 4,9% em relação a 2011. Eles foram influenciados de forma mais direta pelo aumento do salário mínimo e pelos programas oficiais de transferência de renda, como o Bolsa Família.

As outras faixas de renda apresentam quedas na demanda por crédito. Quem ganha entre R$ 500 e R$ 1 mil diminuiu a procura em 3,4% e os que recebem entre R$ 1 mil e R$ 2 mil mensais apresentaram redução de 4,1%. Houve queda ainda mais acentuada entre os consumidores com os maiores rendimentos. Houve variação negativa de 5,4% para quem ganha entre R$ 2 mil e R$ 5 mil mensais, de 5,6% para as pessoas com rendimentos mensais entre R$ 5 mil e R$ 10 mil e de 5,2% para consumidores que ganham mais de R$ 10 mil por mês.

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