São Paulo - O número de pessoas que procurou crédito no mês de abril foi 1,3% maior que no mês de março.
Os dados foram divulgados hoje (16) pela empresa de consultoria Serasa Experian.
Em relação a abril do ano passado, que teve menos dias úteis (22 contra 20), a demanda do consumidor caiu 11%.
No acumulado dos primeiros quatro meses deste ano, a busca por crédito apresentou queda de 5,3% ante o mesmo período de 2013.
De acordo com os economistas da Serasa, o custo mais alto do crediário, o menor grau de confiança dos consumidores e a aceleração da inflação vêm impactando a disposição dos consumidores em aumentar os níveis de endividamento.
A alta na busca por crédito em abril ocorreu principalmente entre consumidores com renda mensal até R$ 500 (alta de 2,2% em relação a março).
Em seguida, foram registrados crescimentos de 1,4% e 1,2% na demanda por crédito de pessoas que ganham entre R$ 500 e R$ 1.000 mensais e entre R$ 2.000 e R$ 5.000 mensais, respectivamente.
Já os consumidores que recebem entre R$ 1.000 e R$ 2.000 por mês e os que ganham mais de R$ 10.000 mensais tiveram aumento de 1,1% na busca por crédito.
Segundo a Serasa, o menor avanço mensal (0,9%) foi verificado entre os consumidores que recebem entre R$ 5.000 e R$ 10.000 mensais.
No acumulado do primeiro quadrimestre de 2014, a maior queda na busca por crédito ocorreu para os consumidores que ganham até R$ 500 por mês - recúo de 13,2% na comparação com o mesmo período de 2013.
No segmento dos que ganham entre R$ 5.000 e R$ 10.000 e os que recebem mais de R$ 10.000 mensais a queda foi 9,4% e 9,6%, respectivamente.
Já entre os que recebem entre R$ 2.000 e R$ 5.000 o recúo foi 6,1%.
A menor queda (-2,3%) foi observada na camada de rendimento entre R$ 1.000 e R$ 2.000 por mês.
Em uma análise regional dos dados, a Serasa Experian aponta que o Nordeste apresentou o maior avanço na busca por crédito em abril ante março: 5,9%.
Nas regiões Centro-Oeste, Sul e Norte, as variações mensais foram semelhantes: 3%; 3,1% e 2,7%, respectivamente.
Apenas no Sudeste houve recúo de 1,3% na procura por crédito em abril.
A queda da procura por crédito no primeiro quadrimestre foi mais expressiva na região Centro-Oeste (-8,8%), seguida pela Norte (-5,9%).
Na região Sudeste, o recuo foi de 5,6% e no Nordeste, a demanda do consumidor por crédito caiu 4,3% no primeiro quadrimestre deste ano.
Na região Sul o recuo foi o menor: -3,6%.
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1. Os maiores emissores não são os melhores
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1/6 (Divulgação)
São Paulo - A consultoria CVA Solutions realizou uma pesquisa sobre os pontos fortes e fracos dos cartões de crédito emitidos pelas principais instituições financeiras e varejistas do país. O levantamento incluiu entrevistas a 7.199 portadores e chegou à surpreendente conclusão de que os maiores emissores de cartões do Brasil não são os que oferecem os melhores produtos. Líder de mercado, o Itaú, por exemplo, cobra juros e anuidades mais elevadas que a média em troca de serviços não tão bons assim. Veja nas próximas páginas os cinco emissores de cartões mais bem-avaliados pelos consumidores:
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2. Santander
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2/6 (Antonio Milena/EXAME)
O Santander é o grande banco mais agressivo na área de cartões. A instituição oferece aos clientes uma série de plásticos sem a cobrança de anuidade ou com uma tarifa baixa – o que, segundo a pesquisa, é importantíssimo para um cartão ser bem-avaliado pelos consumidores. As taxas de juros cobradas pelo banco espanhol quando o cliente parcela o pagamento da fatura e entra no crédito rotativo também agradam mais o cliente do que as dos concorrentes. Já em relação à oferta de serviços, o Santander se destacou com limites de crédito mais elevados, a possibilidade de pagamento de contas com o plástico e a prioridade na compra antecipada de ingressos. "Limite de crédito mais alto é essencial porque o consumidor fica enfurecido quando não consegue realizar uma compra", diz Sandro Cimatti, sócio-diretor da CVA Solutions. Para os consumidores, o ponto fraco dos cartões do Santander seria a menor agressividade na concessão de descontos para a aquisição de entradas de cinema, shows ou ingressos de futebol. De qualquer forma, os benefícios oferecidos têm sido suficientes para atrair os consumidores. No setor de cartões, o banco tem participação de mercado menor que o Itaú Unibanco e o Banco do Brasil, mas consegue superar o Bradesco.
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3. American Express
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3/6 (Wikimedia Commons)
A pesquisa da CVA Solutions também mostra que os clientes da American Express estão bem felizes com os próprios cartões, que reúnem custos baixos de anuidade, taxas de juros interessantes e benefícios atrativos. Os clientes concederam notas acima da média a praticamente tudo: segurança, programas de recompensas, serviços e atendimento. A empresa adota diferenciais como o envio de um jornal à casa dos clientes em que explica como aproveitar promoções e milhagens. "Na faixa de renda mais alta em que a Amex atua, os clientes valorizam muito os programas de milhagem", diz Cimatti. "Ciente disso, a empresa costuma dar milhas proporcionalmente maiores e que nunca expiram." O único ponto que deixou a desejar é a aceitação restrita. Até o ano passado, as máquinas de passar cartão instaladas pela Redecard e pela Cielo em milhões de lojas espalhadas pelo Brasil ainda não eram capazes de processar transações com os cartões American Express. Isso mudou com o fim da exclusividade que as duas empresas possuíam com Mastercard e Visa, respectivamente, mas ainda falta comunicação. Boa parte das máquinas já aceita a bandeira americana, mas os lojistas não sabem disso e informam aos clientes que o cartão não pode ser utilizado.
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4. Banrisul
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4/6 (EXAME.com)
Outro banco que agrada os consumidores é o gaúcho Banrisul. Os portadores de cartões do banco estão bem felizes com as taxas cobradas no crédito rotativo e com a capilaridade do banco no Rio Grande do Sul. A segurança, os serviços e o atendimento ao cliente também foram elogiados. A pesquisa indica que o banco tem capacidade de resolver os problemas que os clientes venham a enfrentar em caso de roubo ou clonagem do cartão. Outros serviços bem-avaliados são o parcelamento das compras sem juros e o limite de crédito elevado. Já os programas de recompensa e as promoções não geram tanta alegria aos clientes. O banco até permite que o portador obtenha descontos em compras de produtos, mas não vai tão bem na concessão de vantagens com serviços e lazer ou em programas de milhagem. Além disso, Cimatti, da CVA Solutions, faz uma ressalva: o gaúcho costuma avaliar melhor uma empresa do Rio Grande do Sul do que as de outros estados.
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5. Saraiva
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5/6 (Egberto Nogueira/Veja/VEJA)
Saraiva
O cartão da Saraiva é o mais bem-avaliado entre todos os concedidos por varejistas. Cimatti, da CVA Solutions, explica que geralmente esses cartões não cobram anuidade, mas oferecem menos serviços que os concedidos pelos bancos. O limite de crédito também costuma ser menor. "O varejista conhece muito menos sobre a história financeira de cada cliente e precisa ser mais cuidadoso. É por isso que começa com um limite baixo de crédito e vai aumentando ao longo do tempo", diz. O cartão da Saraiva é prova disso: os custos com anuidade e taxas de juros são enxergados como um diferencial positivo para o consumidor. O que o diferenciou na pesquisa é que a Saraiva também consegue agradar no quesito de promoções e programas de recompensa. Como a empresa tem uma participação muito forte no comércio eletrônico e dá recompensas para compradores regulares, conseguiu se destacar das demais.
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6. Hipercard
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6/6 (VEJA)
Outro cartão de nicho na lista dos mais bem-avaliados, o da Hipercard é voltado para a classe C e tem custos de anuidade e taxas de juros compatíveis com o perfil de seus portadores. As despesas com o cartão são tão atrativas que a nota geral concedida pelos clientes é bem alta apesar de seus benefícios terem sido considerados apenas regulares. A nota também é bem superior à do próprio Itaú – que controla a Hipercard desde a compra do Unibanco. O principal trunfo do plástico é a facilidade para o parcelamento do pagamento das compras. O cartão é forte nas regiões Nordeste e Sul porque, até algum tempo atrás, podia ser usado principalmente em redes de supermercados fortes nas duas regiões. Com o fim da exclusividade Cielo-Visa e Redecard-Mastercard, as possibilidades de pagamento com Hipercard cresceram muito no resto do Brasil. Mas assim como acontece com o cartão American Express, muitos lojistas ainda não sabem que podem aceitar esses plásticos em seus próprios estabelecimentos.