Pessoa conta notas de real: alta foi puxada pela população com salário de até R$ 500 mensais (Diego Giudice/Bloomberg News)
Da Redação
Publicado em 20 de janeiro de 2014 às 09h03.
São Paulo – A demanda do consumidor por crédito cresceu 1,8% no ano passado, na comparação com os 12 meses anteriores, aponta índice divulgado hoje (20) pela empresa de consultoria Serasa Experian.
A alta foi puxada pela população com salário de até R$ 500 mensais.
Nessa faixa de renda, houve acréscimo de 8,4%.
Para aqueles que ganham entre R$ 500 e R$ 1 mil, o crescimento registrado foi 3,7%.
Em 2012, o indicador havia recuado 3,1% em relação ao ano anterior.
Os economistas da Serasa avaliam que o resultado expressa desempenho fraco da demanda por crédito.
No biênio anterior, 2010 e 2011, a alta foi “bem mais expressivas”, de 16,4% e 7,5%, respectivamente.
Inflação, endividamento, inadimplência, alta das taxas de juros, custo do crédito, além da alta do dólar, são os fatores que impediram um desempenho mais favorável, segundo a instituição.
Diferentemente do que ocorreu nos menores rendimentos mensais, a busca por crédito recuou nas demais faixas salariais.
Para quem ganha entre R$ 1 mil e R$ 2 mil, houve queda de 0,1% na demanda em 2013, em relação ao ano anterior. Também houve decréscimo de 2,4% entre os consumidores que ganham entre R$ 2 mil e R$ 5 mil por mês.
Nas faixas de R$ 5 mil a R$ 10 mil e acima de R$ 10 mil, a queda foi de 4,2% e 3,4%, respectivamente.
Na análise por região, Norte e Nordeste tiveram as maiores altas, com média anual de 10,2% e 8%.
A região Sul registrou acréscimo de 3,8%.
Por outro lado, houve queda de 0,8% no Sudeste e de 4,4% na demanda por crédito entre os consumidores do Centro-Oeste.
A Serasa também divulgou o resultado dos índices de demanda por crédito no mês de dezembro de 2013.
No último mês, o indicador apresentou queda de 2,4%.
Houve alta do índice (0,3%) apenas entre os consumidores com renda mensal de até R$ 500. Na análise por região, somente o Sudeste apresentou alta de 0,5%.
O Sul do país teve recuo expressivo no indicador de 11,1%.