Economia

Demanda das empresas por crédito recua 7,8% em agosto

De acordo com os economistas da Serasa Experian, a redução está relacionada às altas das taxas de juros e ao baixo grau de confiança dos empresários


	Shopping: em relação a julho, houve queda de 2,6% na procura das empresas por crédito. No acumulado do ano de janeiro a agosto, a demanda cresceu 1% na comparação com o mesmo período do ano passado
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Shopping: em relação a julho, houve queda de 2,6% na procura das empresas por crédito. No acumulado do ano de janeiro a agosto, a demanda cresceu 1% na comparação com o mesmo período do ano passado (.)

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Da Redação

Publicado em 15 de setembro de 2015 às 15h00.

A procura das empresas por crédito recuou 7,8% em agosto, na comparação com agosto de 2014, segundo a empresa de consultoria Serasa Experian. É o pior resultado para uma comparação interanual desde 2013.

De acordo com os economistas da Serasa Experian, a redução está relacionada às altas das taxas de juros e ao baixo grau de confiança dos empresários diante das incertezas quanto aos rumos da economia. A alta do dólar também contribuiu para o resultado.

Em relação a julho, houve queda de 2,6% na procura das empresas por crédito. No acumulado do ano de janeiro a agosto, a demanda cresceu 1% na comparação com o mesmo período do ano passado.

Na análise por porte, as micro e pequenas empresas tiveram retração de 2,7%. Nas médias e grandes empresas, as quedas em agosto foram menores.

No caso das grandes, houve redução de 1%, e as médias registraram queda de 1,1%. No acumulado do ano, a elevação da busca por crédito ocorreu apenas nas micro e pequenas empresas, com alta de 2,3%. Nas médias, o recuo foi de 18% e nas grandes, de 12,7%.

Todos os setores econômicos registraram queda na demanda por crédito em agosto. O setor de serviços foi o que apresentou o maior recuo, 3,5%.

No comércio, houve queda de 1,8% e, no setor industrial, de 2,3%. No acumulado do ano, o setor de serviços teve a maior elevação na demanda por crédito: 2,8% na comparação com o mesmo período do ano passado. No setor de comércio, a alta foi de 1,4%, e na indústria houve retração de 6,7%.

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