Economia

Demanda da China por açúcar refinado pode ter curta duração

As importações chinesas de açúcar branco, ou refinado, deverão continuar fortes, mas um controle mais forte do governo pode restringir os carregamentos


	Indústria de açúcar: futuros do açúcar no mercado chinês e no internacional moveram-se em direções opostas desde o começo do ano
 (Prashanth Vishwanathan/Bloomberg)

Indústria de açúcar: futuros do açúcar no mercado chinês e no internacional moveram-se em direções opostas desde o começo do ano (Prashanth Vishwanathan/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 11 de março de 2015 às 16h56.

Pequim - As importações chinesas de açúcar branco, ou refinado, deverão continuar fortes nos próximos meses mas um controle mais forte do governo sobre as importações pode restringir os carregamentos no segundo semestre, disseram operadores e analistas.

Os futuros do açúcar no mercado chinês e no internacional moveram-se em direções opostas desde o começo do ano, criando uma grande margem de lucro de até 70 dólares por tonelada para importadores na China.

O movimento provocou uma forte demanda por açúcar refinado, com 100 mil toneladas de importação contratadas no mês passado, segundo uma fonte do mercado. Outras disseram que as entregas poderiam alcançar 200 mil toneladas em maio.

No entanto, um controle mais forte do governo chinês sobre as importações de açúcar pode restringir as importações no segundo semestre, disseram as fontes, limitando os benefícios para fornecedores internacionais como Tailândia e Guatemala.

"Ainda não podemos ver se a demanda vai subir. As atuais medidas já estão bastante apertadas", disse o analista Zhan Xiao, da Xinhu Futures.

O prêmio do açúcar refinado sobre o açúcar bruto na ICE Futures subiu 6,8 por cento para uma máxima de 83,69 dólares por tonelada na terça-feira, impulsionado em parte pela recente demanda chinesa e também por uma desvalorização do real.

Refinarias da China, segundo maior consumidor de açúcar do mundo, ficaram pressionadas por restrições às importações de açúcar bruto depois que a indústria doméstica reclamou que os carregamentos do exterior estavam pressionando os preços e a demanda doméstica.

As indústrias alcançaram um acordo extra-oficial no ano passado para manter importações fora da cota de até 1,9 milhão de toneladas em 2015. No entanto, com os preços domésticos disparando 16 por cento desde o começo do ano até o início de março, ao mesmo tempo que os preços internacionais caíam, as refinarias correram atrás de importações baratas de açúcar refinado que não estavam incluídas no acordo.

"Geralmente há cerca de 150 mil toneladas de importações de açúcar branco todo ano da Coreia, mas a Tailândia e outras origens têm um potencial de alta este ano", disse um operador de Cingapura.

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