Economia

Delegação dos EUA chega à China para reuniões sobre comércio

Pacote de medidas chinesas de curto prazo pode adiar uma decisão de Washington de impor tarifas sobre exportações

Estados Unidos e China: delegação dos EUA chegou a Pequim nesta quinta-feira para debater tarifas comerciais (Feng Li/Reuters)

Estados Unidos e China: delegação dos EUA chegou a Pequim nesta quinta-feira para debater tarifas comerciais (Feng Li/Reuters)

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Reuters

Publicado em 3 de maio de 2018 às 08h55.

Pequim - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, exaltou seu relacionamento com o presidente chinês, Xi Jinping, por ocasião da chegada de uma delegação dos EUA a Pequim nesta quinta-feira para debater tarifas comerciais.

Um acordo pioneiro para mudar fundamentalmente as políticas econômicas da China durante a visita de dois dias é visto como altamente improvável, mas um pacote de medidas chinesas de curto prazo pode adiar uma decisão de Washington de impor tarifas sobre cerca de 50 bilhões de dólares de exportações do país asiático.

Os debates, conduzidos pelo secretário do Tesouro norte-americano, Steven Mnuchin, e pelo vice-primeiro-ministro chinês Liu He devem cobrir uma gama ampla de queixas dos EUA sobre as práticas comerciais da China, de acusações de transferência de tecnologia forçada a subsídios estatais para o desenvolvimento tecnológico.

"Encantado de estar aqui. Obrigado", disse Mnuchin à Reuters ao chegar ao seu hotel quando indagado se espera um progresso, sem fazer outros comentários.

Na mesma ocasião Trump tuitou: "Nossa grande equipe financeira está na China tentando negociar condições igualitárias no comércio! Espero estar com o presidente Xi no futuro não muito distante. Sempre teremos um bom (ótimo) relacionamento!"

Não ficou claro quando Trump e Xi podem voltar a se encontrar, mas ambos provavelmente comparecerão a algumas cúpulas multilaterais deste ano, entre elas os encontros do G20 e da Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (Apec).

Durante sua campanha eleitoral de 2016, Trump ameaçou repetidamente impor uma tarifa única de 45 por cento a bens chineses como maneira de obter condições igualitárias para os trabalhadores norte-americanos. À época, ele também acusava a China de manipular sua moeda para obter uma vantagem nas exportações, alegação que seu governo descartou desde então.

A embaixada dos EUA em Pequim disse que a delegação planeja se encontrar com autoridades chinesas nos dois dias, além do embaixador norte-americano, Terry Branstad, antes de partir na noite de sexta-feira.

Indagada sobre as conversas, a porta-voz do Ministério de Relações Exteriores da China, Hua Chunying, disse que elas acabaram de começar e que não tem informações.

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