Economia

Déficit na balança comercial diminuiu 33% em julho

Em julho, o Brasil registrou um déficit de US$ 6,163 bilhões em suas transações com o exterior


	O Banco Central informou que o país recebeu em julho US$ 6 bilhões em investimento estrangeiro direto
 (REUTERS/Ueslei Marcelino)

O Banco Central informou que o país recebeu em julho US$ 6 bilhões em investimento estrangeiro direto (REUTERS/Ueslei Marcelino)

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Da Redação

Publicado em 25 de agosto de 2015 às 15h16.

São Paulo - O Brasil registrou em julho déficit de US$ 6,163 bilhões em suas transações com o exterior, valor 33% inferior ao do mesmo mês do ano passado, informou o Banco Central (BC) nesta terça-feira.

O emissor brasileiro atribuiu a melhora da balança da conta corrente à desvalorização do real - mais de 30% este ano - o que aumentou a competitividade das exportações e diminuiu a demanda por bens e serviços externos.

"Outro fator é o dinamismo da economia brasileira, com um ritmo de atividade menor em relação a 2014. Isso também implica em uma menor demanda de bens e serviços externos", explicou Tulio Maciel, chefe do Departamento Econômico do Banco Central.

De janeiro a julho, o déficit em conta corrente alcançou os US$ 44,094 bilhões, queda de 24,4% em relação ao mesmo período do ano passado (US$ 58,332 bilhões).

Contribuiu para a redução do déficit a queda dos gastos dos brasileiros no exterior, que alcançaram seu nível mais baixo para o mês de julho desde 2010, pressionados pela alta da moeda americana, que encareceu o preço das passagens internacionais, da hospedagem e da alimentação no exterior.

Os brasileiros gastaram em viagens internacionais US$ 1,677 bilhões em julho, queda de 30,4% comparado com 2014.

O BC informou que o país recebeu em julho US$ 6 bilhões em investimento estrangeiro direto, o que ajudou a financiar em grande parte o saldo negativo nas contas correntes.

O Brasil espera terminar o ano com um déficit em suas contas com o exterior de US$ 81 bilhões, um resultado significativamente inferior ao de 2014, quando o saldo vermelho bateu recorde, de US$ 104,74 bilhões. 

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