Economia

Déficit e dívida pública da Grécia piores do que o previsto

Os índices subiram para 9,4% e 170,6% do PIB, respectivamente


	Homem passa pelo Banco Nacional da Grécia, em Atenas: a Grécia, que passou cinco anos consecutivos em recessão, prevê para 2013 uma nova queda no PIB
 (Louisa Gouliamaki/AFP)

Homem passa pelo Banco Nacional da Grécia, em Atenas: a Grécia, que passou cinco anos consecutivos em recessão, prevê para 2013 uma nova queda no PIB (Louisa Gouliamaki/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 22 de outubro de 2012 às 11h31.

Atenas - O déficit e a dívida pública da Grécia agravaram-se em 2011, subindo para 9,4% e 170,6% do PIB, respectivamente, de acordo com dados provisórios divulgados nesta segunda-feira pela Autoridade Grega de Estatística (ELSTAT).

As primeiras estimativas da ELSTAT, em abril, apresentaram um aumento do déficit para 9,1% do PIB, próximo à previsão do orçamento para 2011, de 9%.

A dívida pública, entretanto, subiu para 165,3% do PIB, longe dos 120% que deve alcançar em 2020, segundo o acordo alcançado com os credores do país.

Esta deterioração das contas públicas deve-se à revisão em alta da magnitude da recessão em 2011, indicou a ELSTAT em um comunicado.

Em 5 de outubro, a ELSTAT anunciou um agravamento da queda do PIB em 2011, que subiu para 7,1%, em vez de 6,9%, como anunciado originalmente.

Devido às medidas de austeridade aplicadas no país e aos atrasos nas reformas estruturais, a Grécia, que passou cinco anos consecutivos em recessão, prevê para 2013 uma nova queda no PIB.

Em termos absolutos, o déficit foi de 19,6 bilhões de euros e a dívida de mais de 355 bilhões, o que não apresenta grandes diferenças da estimativa de abril.

Em 2009, pouco antes da crise, o país tinha um déficit público de 15,6% do PIB, 36,1 bilhões de euros, e uma dívida de 129,7% do PIB, cerca de 300 bilhões.

Acompanhe tudo sobre:Crise gregaDéficit comercialDívida públicaEuropaGréciaPiigs

Mais de Economia

Câmara aprova projeto do governo que busca baratear custo de crédito

BB Recebe R$ 2 Bi da Alemanha e Itália para Amazônia e reconstrução do RS

Arcabouço não estabiliza dívida e Brasil precisa ousar para melhorar fiscal, diz Ana Paula Vescovi

Benefícios tributários deveriam ser incluídos na discussão de corte de despesas, diz Felipe Salto