Resultado do trimestre foi um déficit de R$ 9,307 bilhões, o melhor resultado para o período desde 2015 (Priscila Zambotto/Getty Images)
Victor Sena
Publicado em 29 de abril de 2019 às 16h20.
Última atualização em 29 de abril de 2019 às 16h21.
O déficit do governo central em março teve o reforço dos dividendos pagos pelas empresas estatais, que somaram R$ 2,8471 bilhões em março, ante R$ 499,2 milhões pagos em igual mês do ano passado, já descontada a inflação. No acumulado do ano, as receitas com dividendos somaram R$ 2,878 bilhões, alta real de 470% em relação a igual período de 2018.
O caixa do governo central registrou um déficit primário de R$ 21,108 bilhões em março, o segundo pior desempenho para o mês da série histórica, que tem início em 1997. O resultado reúne as contas do Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central. Em março de 2018, o resultado havia sido negativo em R$ 24,495 bilhões.
No primeiro trimestre, o resultado primário foi de déficit de R$ 9,307 bilhões, o melhor resultado para o período desde 2015. O déficit dos três meses juntos acaba sendo menor devido aos resultados melhores de janeiro e fevereiro. Em igual período do ano passado, esse mesmo resultado era negativo em R$ 12,871 bilhões.
O Tesouro Nacional aumentou a projeção de insuficiência para o cumprimento da regra de ouro neste ano, de R$ 95,7 bilhões para R$ 110,4 bilhões. De acordo com o órgão, a ampliação da previsão de rombo se deveu à redução de R$ 17,6 bilhões em investimentos e inversões financeiras por conta do contingenciamento feito em março.
De janeiro a março, o total investido soma R$ 6,232 bilhões, ante R$ 8,930 bilhões no mesmo período do ano passado.