O ministro da Fazenda espanhol, Cristóbal Montoro, antecipou na semana passada que a Previdência Social deve fechar o ano com déficit (©AFP / Philippe Huguen)
Da Redação
Publicado em 30 de outubro de 2012 às 17h43.
Madri - O déficit da administração central da Espanha chegou a 4,39% do PIB até setembro, 22,8% superior ao registrado no mesmo período do ano passado, informou nesta segunda-feira o governo espanhol.
No entanto, o número de setembro melhora em quatro décimos o déficit de agosto, quando chegou a 4,77% do PIB.
A Espanha deve terminar o ano com um déficit público em torno de 6,3% do PIB no conjunto das administrações, sendo 4,5% relativos somente à administração central.
O déficit é resultado de uma receita de 74,992 bilhões de euros e gastos de 121,105 bilhões.
Se forem descontadas as despesas com adiantamentos a outras administrações e devoluções impositivas, o déficit público estaria em 3,9% do PIB.
Os números foram publicadas hoje pelo governo espanhol, que divulgou também os dados da Previdência Social, que teve um superávit de 2,466 bilhões de euros até setembro, o que representa uma queda de 54,76% em relação ao mesmo período de 2011, segundo dados do Ministério do Emprego e Previdência Social.
O ministro da Fazenda espanhol, Cristóbal Montoro, antecipou na semana passada que a Previdência Social deve fechar o ano com déficit.
A Previdência Social é o ''cofre'' comum do qual saem os fundos para o pagamento das pensões, do seguro desemprego e de outras prestações sociais.
A secretária de Estado de Orçamentos, Marta Fernández Currás, assegurou que está ''em condições de garantir mais uma vez'' que o déficit do Estado ''esteja sob controle'' para cumprir com os objetivos acordados com Bruxelas (4,5% do PIB para o Estado).
''Estamos no caminho correto, como mostram mais uma vez os dados'', destacou para afirmar que a ''evolução positiva não pode ser traduzida em um relaxamento nas políticas fiscais, mas o importante é seguir com o esforço de redução do déficit para o resto do ano''.
O Banco da Espanha, em seu último boletim econômico, não descartou que o déficit público seja maior que o determinado para este ano (6,3% do PIB), algo poderia obrigar a adoção de medidas adicionais de austeridade.