Economia

Déficit comercial mostra falhas em modelo de exportação

Déficit comercial atingiu um recorde em janeiro, uma vez que as importações de energia saltaram, destacando um risco de tentar reanimar o motor de exportações do país


	Banco Central do Japão: segundo um membro do conselho, o banco vai continuar com sua política, mas analistas esperam que o déficit persista por um tempo
 (Yuriko Nakao/Reuters)

Banco Central do Japão: segundo um membro do conselho, o banco vai continuar com sua política, mas analistas esperam que o déficit persista por um tempo (Yuriko Nakao/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 20 de fevereiro de 2013 às 08h37.

Tóquio - O déficit comercial do Japão atingiu um recorde em janeiro, uma vez que as importações de energia saltaram, destacando um risco de tentar reanimar o motor de exportações do país através de políticas que podem enfraquecer a moeda sem também buscar reformas econômicas mais amplas.

Um membro do conselho do banco central disse que a queda do iene estava ajudando as exportações, que tiveram a primeira alta anual em janeiro em oito meses. Ele também disse que o Banco do Japão, banco central do país, vai continuar com sua política, mas analistas esperam que o déficit persista por um tempo.

Os dados indicam que mesmo com as políticas monetária e fiscal agressivas do primeiro-ministro Shinzo Abe, o aumento nas exportações por si só não foi suficiente.

Informações do Ministério das Finanças mostraram que o déficit atingiu um recorde de 1,6 trilhão de ienes (17,1 bilhões de dólares) em janeiro, maior do que a previsão de déficit de 1,38 trilhão de ienes.

As importações subiram 7,3 por cento em janeiro ante o ano anterior, acima da previsão de um aumento de 1,6 por cento e o maior desde maio do ano passado.

O Japão vem importando mais combustíveis fósseis para compensar o fechamento de quase todas suas usinas nucleares após o desastre de Fukushima há quase dois anos, e o iene mais fraco está aumentando o custo destes embarques.

As exportações do Japão subiram 6,4 por cento em janeiro ante o ano anterior, mais do que a previsão de aumento de 5,6 por cento.

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