Ministra do Planejamento evita declarações antecipadas que possam afetar o dólar e a bolsa (Washington Costa/MF/Flickr)
Agência de notícias
Publicado em 30 de maio de 2023 às 16h31.
Última atualização em 30 de maio de 2023 às 17h25.
A ministra do Planejamento, Simone Tebet, voltou a dizer nesta terça-feira, 30, que o debate sobre uma mudança na meta de inflação é uma "não discussão" no momento, e que o tema da reunião do Conselho Monetário Nacional (CMN) de junho ainda não foi discutido entre as pastas da equipe econômica. Na mesma live promovida pelo "O Globo" e "Valor Econômico", o secretário executivo do Ministério da Fazenda, Gabriel Galípolo, indicado a diretoria de Política Monetária do Banco Central, disse não ser "pertinente antecipar qualquer coisa", tendo em vista ainda o contexto de sua indicação.
"Eu que não sou votante, cabe menos ainda a mim falar, e na condição de indicado fica ainda mais complexo", disse ele.
Contudo, Galípolo criticou a avaliação de que o debate sobre as metas de inflação seria casuísta e oportunista. "Ficou a sensação que não reflete verdade, que existiria debate oportunista, casuísta, olhando sistema de meta de inflação a partir de óptica de resultado especifica que se possa desejar. Toda a equipe discute de maneira contínua o que são as melhores práticas das autoridades monetárias para o Brasil estar sempre na melhor política disponível. O que será resultado do CMN é só quando tiver a reunião mesmo", respondeu.
Já Tebet ponderou também que qualquer declaração sua ou da Fazenda sobre o tema afetaria o câmbio e a bolsa, e reafirmou que o sistema de metas não foi tema de sua reunião com Fernando Haddad na segunda-feira.
"Não estamos falando de meta de inflação, até porque só temos bons números", disse a ministra, em referência às previsões de crescimento e inflação divulgadas pela Fazenda na semana passada. "É uma não discussão, qualquer coisa que saia da fala nossa impacta o dólar e a bolsa, depois da nossa reunião, tratamos de tudo, até da questão do carro popular, e o assunto CNM não foi discutido. Uma semana antes, vamos sentar, eu, Fazenda, se houver necessidade o presidente do BC, e no CMN vamos discutir", comentou.