Economia

Custo de Tóquio-2020 pode quadruplicar, dizem especialistas

O Comitê Organizador estima orçamento inicial de 700 bilhões de ienes (cerca de R$ 22,1 bi), mas custo final poderia subir para 3 trilhões de ienes (R$ 94,6 bi)


	Toquio 2020: aumento seria motivado pelos custos de construção, segurança e manutenção das instalações olímpicas
 (Thomas Peter / Reuters)

Toquio 2020: aumento seria motivado pelos custos de construção, segurança e manutenção das instalações olímpicas (Thomas Peter / Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 29 de setembro de 2016 às 09h16.

Tóquio - O custo final para organizar os Jogos Olímpicos de Tóquio, em 2020, pode aumentar até quatro vezes devido ao aumento dos preços de construção e outros fatores, alertou nesta quinta-feira um painel de especialistas designado pelo governo.

O Comitê Organizador Local de Tóquio 2020 estima um orçamento inicial de 700 bilhões de ienes (cerca de R$ 22,1 bilhões), mas o custo final poderia subir para 3 trilhões de ienes (R$ 94,6 bilhões), segundo o relatório apresentado hoje.

O aumento seria motivado pelos custos de construção, segurança e manutenção das instalações olímpicas. O relatório foi produzido por um painel criado no início do mês pela nova governadora da área metropolitana de Tóquio, Yuriko Koike, que colocou como prioridade a redução de custos para organizar o evento.

O documento também inclui propostas para revisar o projeto inicial para reduzir despesas. Entre as propostas estão a utilização de instalações esportivas já existentes ou a mudança de algumas competições para fora da capital japonesa.

Os especialistas propõem, por exemplo, remodelar o centro de natação de Tóquio em vez de erguer um novo. Além disso, sugerem transferir para Miyagi, no nordeste do Japão, as provas de canoagem e remo. O projeto original prevê a construção de um novo complexo na baía da capital, com custo de 50 milhões de ienes (R$ 1,6 bilhão).

O relatório de revisão de sedes será agora estudado pelo governo de Tóquio. Até o momento, os organizadores decidiram modificar um terço das sedes das competições esportivas em relação ao programa original, com o objetivo de economizar dinheiro.

Muitas destas mudanças representam a transferência de provas que seriam realizadas em novas instalações na baía de Tóquio para locais já existentes localizados nos arredores da capital. A alteração é prejudicial para o Japão, já que a candidatura da cidade se destacava pela proximidade das sedes e a Vila Olímpica. 

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaEsportesJapãoMetrópoles globaisOlimpíadasPreçosTóquio

Mais de Economia

BNDES vai repassar R$ 25 bilhões ao Tesouro para contribuir com meta fiscal

Eleição de Trump elevou custo financeiro para países emergentes, afirma Galípolo

Estímulo da China impulsiona consumo doméstico antes do 'choque tarifário' prometido por Trump

'Quanto mais demorar o ajuste fiscal, maior é o choque', diz Campos Neto