Cuba: segundo explicou a Fiesp, o Brasil é um dos principais investidores do projeto cubano para ampliar o porto de Mariel (Enrique De La Osa/Reuters)
Da Redação
Publicado em 21 de novembro de 2013 às 21h26.
São Paulo - O governo cubano solicitou um novo crédito ao Brasil para a construção de infraestruturas na Zona de Desenvolvimento Especial da ilha, uma área dedicada a fomentar os investimentos estrangeiros para impulsionar sua economia, informou nesta quinta-feira o ministro de Comércio Exterior cubano, Rodrigo Malmierca.
Malmierca se reuniu hoje com um grupo de empresários em São Paulo para buscar investidores interessados em seu "megaprojeto" do porto de Mariel, onde será instalada a primeira Zona de Desenvolvimento Especial.
"O porto de Mariel já recebeu um importante volume de recursos que estão bem investidos. Nos reunimos na segunda-feira e na terça-feira e a parte cubana pediu crédito, não para o porto, mas para a Zona de Desenvolvimento Especial", destacou o ministro na sua visita à Federação de Indústrias de São Paulo (Fiesp).
Malmierca afirmou que o crédito, que não teve o seu valor revelado, já foi solicitado, porém ainda não foi concedido.
"Agora as autoridades analisarão o assunto e nos comunicarão no momento adequado a decisão. Temos uma relação muito bem-sucedida e pensamos que continuará sendo assim no futuro", acrescentou Malmierca, que adiantou que é muito provável que sejam empresas brasileiras as encarregadas de executar as obras previstas.
De acordo com a diretora do escritório regulador da Zona de Desenvolvimento Especial, Ana Teresa Igarza, encarregada de analisar as propostas de investimento, mais de 50 empresas de Espanha, França, Itália e Brasil fizeram contato com o órgão para manifestar seu interesse em investir na área.
Segundo explicou a Fiesp, o Brasil é um dos principais investidores do projeto cubano para ampliar o porto de Mariel, com uma contribuição de US$ 682 milhões (cerca de R$ 1,57 bilhão).
A 45 quilômetros ao oeste de Havana, a região oferece maiores facilidades que o restante da ilha para o estabelecimento de empresas estrangeiras. Entre as vantagens estão isenções tributárias e alfandegárias e mais agilidade no trâmite e avaliação dos projetos que se apresentem.
A região de Mariel ocupará uma extensão total de 465,4 quilômetros quadrados. A previsão é de que as obras sejam concluídas em meados de 2014 graças a um investimento de US$ 900 milhões (cerca de R$ 2 bilhões), vindos da iniciativas privada e pública. EFE