Economia

Crise na Europa freia interesse pelo Brasil

As incertezas dos últimos dias já fizeram estragos no país - por enquanto, restritos à área financeira, sem afetar a economia real.

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h45.

São Paulo - A crise da Europa ameaça acabar com a lua de mel do mercado internacional com o Brasil. Nem tanto por razões domésticas, mas porque um eventual prolongamento das turbulências tende a secar os recursos disponíveis mundo afora para aplicações em ativos considerados de risco, como os brasileiros. As incertezas dos últimos dias já fizeram estragos no País - por enquanto, restritos à área financeira, sem afetar a economia real.

Os estrangeiros tiraram quase R$ 900 milhões da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) nos três primeiros dias úteis de maio. A média diária de saída (próxima a R$ 300 milhões) supera até mesmo a do pior momento da crise global. Em outubro de 2008, deixaram a Bolsa R$ 4,7 bilhões, valor recorde dos últimos anos. Na média diária, eram R$ 213 milhões.

No mercado futuro de câmbio, os estrangeiros passaram a apostar na desvalorização do real. Até o início da semana passada, esses investidores tinham uma posição de US$ 2,6 bilhões a favor da moeda brasileira. Terça-feira, inverteram a posição rapidamente. Agora, a posição está em US$ 2,5 bilhões a favor da alta do dólar.

Essa é uma das razões que explicam o ganho de 6,45% da moeda americana nos cinco primeiros dias úteis de maio. Na sexta-feira, o dólar valia R$ 1,85, ante R$ 1,74 no fim do mês passado. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Leia mais sobre a crise grega

 

Acompanhe tudo sobre:América LatinaCrise gregaDados de BrasilEuropaGréciaInvestimentos de empresasPiigs

Mais de Economia

BNDES vai repassar R$ 25 bilhões ao Tesouro para contribuir com meta fiscal

Eleição de Trump elevou custo financeiro para países emergentes, afirma Galípolo

Estímulo da China impulsiona consumo doméstico antes do 'choque tarifário' prometido por Trump

'Quanto mais demorar o ajuste fiscal, maior é o choque', diz Campos Neto