O noticiário internacional, com crise de dívida na Europa, fiscais na Grécia, Itália e outros países, é mais acessada pelas famílias brasileiras mais abastadas, segundo a FGV (Getty Images)
Da Redação
Publicado em 27 de setembro de 2011 às 20h56.
Rio de Janeiro - A forte deterioração do cenário econômico mundial, a pressão da inflação e a menor pujança do mercado de trabalho brasileiros derrubaram a confiança do consumidor em setembro, que atingiu o menor patamar desde março.
O índice, divulgado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) nesta terça-feira, caiu 3,4 por cento em setembro em relação a agosto, para 114,7 pontos.
O noticiário econômico internacional, com crise de dívida na Europa, fiscais na Grécia, Itália e outros países, é mais acessada pelas famílias mais abastadas, segundo a FGV.
O desaquecimento da economia brasileira e seus efeitos sobre o mercado de trabalho e a alta da inflação também contribuíram para a segunda queda seguida no índice de confiança do consumidor.
"Estamos percebendo isso principalmente na indústria. Por isso a cidade de São Paulo também tem sido muito afetada, pois é o parque fabril do país", disse a economista da FGV Viviane Seda.
"Nesse mês também, o impacto da crise financeira internacional na economia brasileira também tem sido mais noticiado, e isso influenciou a bolsa de valores. Ou seja, isso também derrubou o humor do consumidor, principalmente aquele de renda mais elevada, que aplica na bolsa".
O componente de situação atual recuou 4,1 por cento, para 134,6 pontos, o menor dado desde julho de 2010, mas segue acima da média histórica.
O de expectativas declinou 2,9 por cento, atingindo 104,2 pontos, leitura mais baixa desde maio e também inferior à média histórica.
"A queda do grau de satisfação do consumidor com relação à situação presente da economia foi a principal contribuição para queda do índice de confiança."
Esse indicador caiu de 107,1 para 99,5 pontos, o menor desde maio.