Economia

Crise do coronavírus faz receita do varejo cair 24,7% entre março e abril

Com queda de 50,8% no faturamento, o setor mais impactado foi o de serviços, que inclui empresas de turismo e transporte, bares e restaurantes e autopeças

Bar: o segmento de bares e restaurantes teve contração de 43,4% entre março e a segunda semana de abril (Divulgação/Divulgação)

Bar: o segmento de bares e restaurantes teve contração de 43,4% entre março e a segunda semana de abril (Divulgação/Divulgação)

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Natália Flach

Publicado em 7 de abril de 2020 às 18h00.

Com lojas fechadas por todo o país, o faturamento do varejo caiu 24,7% no acumulado de março até ontem, dia 6, de acordo com levantamento feito pela credenciadora Cielo e obtido com exclusividade pela EXAME. O maior impacto aconteceu entre a quarta semana de março (quando a queda chegou a 52,3%) e a primeira semana de abril (quando o recuo atingiu 43,9%). Já a segunda semana deste mês apresenta uma leve melhora dos indicadores, uma vez que a queda arrefeceu para 43,1%.

O setor mais impactado foi, sem dúvida, o de serviços cuja receita contraiu 50,8%. Esse segmento inclui empresas de turismo e transporte (-63,4%), bares e restaurantes (-43,4%), serviço automotivos e autopeças (27%), entre outros (-48,8%). No caso dos bens duráveis - que englobam itens como vestuário (-50,1%), materiais de construção (-19%) e móveis, eletrodomésticos e lojas de departamento (-39,7%) -, a queda foi menos acentuada, de 39,9%.

Na contramão, estão os bens não duráveis que tiveram incremento na receita no mesmo período. Farmácias, supermercados e postos de gasolina viram seus números subirem 1,7%, com destaque para as primeiras três semanas de março, quando o isolamento social foi decretado em várias cidades. Na ocasião, a alta chegou a 11,4%.

O principal responsável por esse salto foram os supermercados e hipermercados que acumulam um avanço de 17,4% de março até a segunda semana de abril. Já as farmácias contribuem com uma alta de 4,4% no período. Por sua vez, postos de gasolina e outros bens não duráveis frearam o indicador, com recuo de 24,1% e de 25,6%, respectivamente.

 

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