Economia

Crise de crédito espanhol pode afetar bancos, diz FMI

Segundo fundo, bancos precisam aumentar os níveis de capital cortando dividendos em dinheiro ou emissão de novas ações


	Crise na Espanha: empréstimos espanhóis bancários ao setor privado caíram 7 por cento em maio
 (AFP/ Philippe Huguen)

Crise na Espanha: empréstimos espanhóis bancários ao setor privado caíram 7 por cento em maio (AFP/ Philippe Huguen)

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Da Redação

Publicado em 15 de julho de 2013 às 18h04.

Madri - Problemas econômicos da Espanha poderiam levar os bancos a reduzir ainda mais os empréstimos, mas eles precisam resistir a isso e aumentar os níveis de capital cortando dividendos em dinheiro ou emissão de novas ações, disse o Fundo Monetário Internacional (FMI).

O FMI, que está monitorando reformas bancárias da Espanha depois de um resgate europeu no ano passado, disse em um relatório na segunda-feira que a solvência dos credores havia melhorado.

Mas os problemas econômicos, incluindo desemprego recorde, havia deixado o setor atolado em um aprofundamento da crise de crédito.

Essa pressão poderia empurrar os bancos, cujos lucros provavelmente sofrerão, a cortar ainda mais os empréstimos, atingindo crescimento e potencialmente forçando o governo a repensar seus planos para a reestruturação do setor.

"A dinâmica do setor financeiro ainda contribui para pressões recessivas, com aceleração da contração do crédito, aperto nos critérios para empréstimos, e taxas de empréstimos para empresas em ascensão", disse o FMI, em relatório sobre o setor.

Empréstimos espanhóis bancários ao setor privado caíram 7 por cento em maio, na comparação anual, e a contração foi uma dos mais rápidas entre as economias avançadas, disse o FMI.

Os bancos espanhóis, afetados por uma quebra do mercado de imóveis em 2008, teve de fazer bilhões de euros de provisões contra perdas no ano passado para reparar seus balanços. O setor teve que ser socorrido com 41 bilhões de euros (53,5 bilhões dólares) em ajuda europeia para reforçar capital.

A Comissão Europeia tem descartado, até agora, a necessidade de dinheiro extra para ajudar os bancos espanhóis.

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