Economia

Crise atual pode ser pior que a Grande Depressão, diz Lagarde

Em palestra para estudantes de Harvard, a diretora-gerente do FMI alertou sobre a ameaça de uma crise financeira global e falou da incapacidade de jovens para encontrar empregos decentes

Lagarde disse aos estudantes da John F. Kennedy School of Government que a geração deles "enfrenta provavelmente a pior insegurança econômica em décadas" (Eric Piermont/AFP)

Lagarde disse aos estudantes da John F. Kennedy School of Government que a geração deles "enfrenta provavelmente a pior insegurança econômica em décadas" (Eric Piermont/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 23 de maio de 2012 às 18h20.

Washington - A diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, disse hoje que o mundo enfrenta um dos momentos econômicos mais desafiadores desde os anos 1930.

Em palestra para estudantes universitários da Universidade de Harvard, Lagarde alertou que a crise na zona do euro ameaça espalhar outra crise financeira global e destacou a incapacidade de "75 milhões de jovens para encontrarem empregos decentes, aumentando as desigualdades que impedem que a sociedade permaneça unida". "(isso gera) um temor de que o motor da economia global não funcione mais como sempre funcionou no passado", explicou.

Lagarde disse aos estudantes da John F. Kennedy School of Government que a geração deles "enfrenta provavelmente a pior insegurança econômica em décadas, possivelmente pior até do que a da Grande Depressão".

"Eu realmente desejo que nossa geração possa deixar um legado melhor para vocês. Vamos nos concentrar nisso", afirmou Lagarde. As informações são da Dow Jones.

Acompanhe tudo sobre:Christine LagardeCrise econômicaEconomistasEuropaUnião Europeia

Mais de Economia

Presidente do Banco Central: fim da jornada 6x1 prejudica trabalhador e aumenta informalidade

Ministro do Trabalho defende fim da jornada 6x1 e diz que governo 'tem simpatia' pela proposta

Queda estrutural de juros depende de ‘choques positivos’ na política fiscal, afirma Campos Neto

Redução da jornada de trabalho para 4x3 pode custar R$ 115 bilhões ao ano à indústria, diz estudo