Economia

Crise argentina não terá impacto sobre Brasil, diz Coutinho

Para o presidente do BNDES, o momento é de "aguardar o desenrolar dos acontecimentos e ver se será possível encontrar solução"


	Cartaz contra fundos abutres: governo do Brasil acredita em solução negociada para pagamento
 (Alejandro Pagni/AFP)

Cartaz contra fundos abutres: governo do Brasil acredita em solução negociada para pagamento (Alejandro Pagni/AFP)

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Da Redação

Publicado em 1 de agosto de 2014 às 17h19.

Brasília - O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, repetiu nesta sexta-feira, 01, o discurso do ministro da Fazenda, Guido Mantega, de que o calote da Argentina não terá impacto sobre o Brasil.

"Não há impacto importante sobre as relações financeiras com o Brasil", declarou ele, ao ser indagado sobre a crise no país vizinho.

"Não tem impacto sobre o Brasil", repetiu, ao deixar almoço no Palácio do Itamaraty oferecido ao primeiro-ministro japonês Shinzo Abe.

Para o presidente do BNDES, o momento é de "aguardar o desenrolar dos acontecimentos e ver se será possível encontrar solução".

O governo brasileiro ainda acredita em uma solução negociada para o pagamento da dívida argentina com seus credores.

"Vamos esperar que se consiga encontrar solução rapidamente para evitar uma situação mais séria", declarou Coutinho, esquivando-se de fazer maiores comentários sobre a situação da Argentina.

Perguntado se esse calote alterava as operações do BNDES na Argentina, ele respondeu: "não há impacto sobre nós".

Luciano Coutinho falou ainda sobre a construção de um aeroporto em Cuba, que está sendo negociada com recursos do BNDES.

Coutinho confirmou o financiamento para ampliação e modernização do aeroporto de Havana, mas não quis adiantar o valor do financiamento.

"Trata-se de operação normal de exportação, mas ainda não o temos aprovado (o valor)", completou.

Com relação ao novo empréstimo para as distribuidoras de energia, Coutinho apenas confirmou que o governo está analisando o assunto.

Ele lembrou que o prazo para que as distribuidoras paguem as contas dos contratos de compra de energia no mercado de curto prazo foi postergado e disse que isso dará mais tempo para que o setor.

O governo avalia um novo empréstimo no valor de R$ 6,5 bilhões para atender à demanda das distribuidoras.

Desse total, R$ 3 bilhões deverão vir do BNDES e o restante de bancos privados e públicos.

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