Jim O'Neill, ex-economista do Goldman Sachs e criador do termo BRICs (Divulgação)
João Pedro Caleiro
Publicado em 27 de novembro de 2013 às 07h28.
São Paulo - Apesar de suas enormes diferenças, Brasil, Rússia, Índia e China são frequentemente colocados sob o guarda-chuva do termo BRIC. A culpa é de Jim O'Neill, que introduziu o termo pela pela primeira vez em um relatório de 2001.
Agora, o ex-economista do Goldman Sachs acaba de publicar um artigo na Bloomberg em que chama a atenção para o MINT, grupo formado por México, Indonésia, Nigéria e Turquia.
Segundo ele, os quatro países tem em comum uma "demografia muito favorável para pelo menos os próximos 20 anos" e "perspectivas econômicas muito interessantes".
A Indonésia tem a quarta maior população do mundo, de 250 milhões de pessoas, e cresceu 6,2% no ano passado.
Já a Nigéria, maior produtor de petróleo da África, tem conseguido avanços econômicos também fora do setor e cresce a uma média de 6,8% ao ano desde 2005.
No México, a economia dá sinais de forte desaceleração após crescer uma média de 4,3% ao ano desde 2010. Já a Turquia, depois de crescer 9,2% em 2010 e 8,8% em 2011, desacelerou para uma taxa de 2,2% em 2012.
No Twitter, Matthew C. Klein, também colunista da Bloomberg View, lembrou que a firma de investimentos Fidelity já havia usado o acrônimo MINT em um relatório de 2011:
Apparently Fidelity came up with the MINT acronym a few years before Jim O'Neill: http://t.co/rokhnDf5Kq h/t @Ian_Fraser
— Matthew C. Klein (@M_C_Klein) November 13, 2013
Além de um termo amplamente usado pela mídia e por economistas, os BRICS acabaram se tornando também uma agremiação política de discussão e cooperação, com reuniões anuais desde 2009. Em 2011, a entrada da África do Sul (o "S") transformou o grupo em um quinteto.