Economia

Criação de vagas acelera e taxa de desemprego cai nos EUA

Os dados de setembro foram revisados para mostrar criação de 18 mil vagas em vez de fechamento de 33 mil, como informado anteriormente

EUA: taxa de desemprego caiu para perto da mínima de 17 anos de 4,1% (Mike Blake/Reuters)

EUA: taxa de desemprego caiu para perto da mínima de 17 anos de 4,1% (Mike Blake/Reuters)

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Reuters

Publicado em 3 de novembro de 2017 às 12h37.

Washington - A criação de vagas nos Estados Unidos acelerou em outubro após problemas relacionados aos furacões terem afetado o emprego em setembro, mas houve sinais de que a força do mercado de trabalho estava desacelerando com forte recuo nos ganhos desalários.

A criação de vagas fora do setor agrícola atingiu 261 mil no mês passado, uma vez que 106 mil trabalhadores dos setores de lazer e hotelaria voltaram ao trabalho, informou o Departamento do Trabalho nesta sexta-feira.

Este foi o número mais alto desde julho de 2016, mas ficou abaixo da expectativa deeconomistas de criação de 310 mil postos de trabalho.

Os dados de setembro foram revisados para mostrar criação de 18 mil vagas em vez de fechamento de 33 mil, como informado anteriormente.

A taxa de desemprego caiu para perto da mínima de 17 anos de 4,1 por cento porque as pessoas deixaram a força de trabalho. Ainda assim, os dados provavelmente farão pouco para mudar as expectativas de que o Federal Reserve elevará a taxa de juros em dezembro.

A forte moderação na criação de vagas em setembro deveu-se aos furacões Harvey e Irma, quedevastaram partes do Texas e da Flórida no final de agosto e início de setembro, deixando trabalhadores temporariamente desempregados principalmente em indústrias que pagam pouco, como de lazer e hotelaria.

A recuperação do emprego em outubro reforça a avaliação do Fed na quarta-feira de que "o mercado de trabalho continuou a se fortalecer e de que a atividade econômica tem aumentado a uma taxa sólida apesar dos problemas relacionados aos furacões".

O banco central norte-americano deixou inalterada a taxa de juros na quarta-feira, e os mercados financeiros precificam quase que totalmente um aumento em dezembro. O Fed já elevou os juros duas vezes neste ano.

Mas o retorno de trabalhadores da indústria que paga pouco segurou o crescimento dos salários em outubro. O rendimento médio por hora recuou 1 centavo, deixando-o inalterado em termos percentuais. Isso reduziu o aumento na base anual para 2,4 por cento, o menor avanço anualdesde fevereiro de 2016.

Economistas, entretanto, permanecem otimistas de que o crescimento dos salários irá acelerar com o mercado de trabalho perto do pleno emprego. A queda de 0,1 ponto percentual na taxa dedesemprego no mês passado levou-a ao menor patamar desde dezembro de 2000. A queda, no entanto, reflete um recuo na força de trabalho.

Por enquanto, o aumento fraco dos salários sustentam as visões de que a inflação continuará a ficar abaixo da meta de 2 por cento e pode provocar preocupações sobre os gastos dos consumidores.

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