Economia

Criação de empregos nos EUA deve desacelerar após furacões

De acordo com pesquisa da Reuters, o relatório de emprego deve mostrar criação de 90 mil vagas no mês passado, contra 156 mil em agosto

Furacões: economistas estimam que o Harvey e o Irma provocaram o fechamento de até 125 mil vagas de trabalhos em setembro (Joe Raedle/Getty Images)

Furacões: economistas estimam que o Harvey e o Irma provocaram o fechamento de até 125 mil vagas de trabalhos em setembro (Joe Raedle/Getty Images)

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Reuters

Publicado em 6 de outubro de 2017 às 08h26.

Washington - A criação de vagas de trabalho nos Estados Unidos provavelmente desacelerou mais em setembro uma vez que os furacões Harvey e Irma deixaram trabalhadores temporariamente desempregados e adiaram contratações, na mais recente indicação de que as tempestades afetaram a atividade econômica no terceiro trimestre.

De acordo com pesquisa da Reuters junto a economistas, o relatório de emprego fora do setor agrícola do Departamento do Trabalho que será divulgado nesta sexta-feira deve mostrar criação de 90 mil vagas no mês passado, contra 156 mil em agosto.

A expectativa de criação de postos de trabalho para setembro seria a segunda menor neste ano e bem abaixo da média mensal de 175 mil para os 12 meses até agosto. Isso acontece após o dado decepcionante de agosto, que economistas atribuíram a uma questão sazonal.

Economistas estimam que o Harvey e o Irma, que provocaram destruição no Texas e na Flórida, provocaram o fechamento de até 125 mil vagas de trabalhos em setembro.

"Vamos ter de volta a maior parte das vagas e veremos contratações relacionadas à limpeza e reconstrução no início de 2018 também", disse Ryan Sweet, economista sênior da Moody's Analytics.

Economistas dizem que um relatório de emprego fraco não deve mudar a percepção de que o Federal Reserve elevará a taxa de juros dos EUA em dezembro. A chair do banco central norte-americano, Janet Yellen, alertou no mês passado que os furacões poderiam pressionar "substancialmente" a criação de vagas em setembro, mas esperava que os efeitos iriam se "desfazer relativamente rápido".

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