A chanceler considerou essencial que todos aceitem a ideia de que "a saída para a crise será um longo processo" (Odd Andersen/AFP)
Da Redação
Publicado em 10 de maio de 2012 às 07h42.
Berlim - A chefe do governo alemão, Angela Merkel, reiterou nesta quinta-feira sua rejeição a um crescimento impulsionado pelo endividamento e considerou que esta política "nos levaria novamente ao início da crise", em um discurso perante o Parlamento alemão.
"Um crescimento através de reformas estruturais é importante e necessário (...). Um crescimento de modo precário nos levaria novamente ao início da crise. Não queremos isso, não faremos isso", declarou a chanceler, aplaudida pelo Bundestag.
Em seu discurso perante a câmara baixa do Parlamento, expôs a postura da Alemanha antes da cúpula do G8 nos Estados Unidos nos dias 18 e 19 de maio e ressaltou que a crise na Eurozona ocupará um lugar importante.
Considerou que a cúpula analisará "as próximas medidas" para a consolidação das finanças públicas, assim como "medidas de crescimento" atualmente examinadas na Europa. São estes "os dois pilares de nossa estratégia" de luta contra a crise, insistiu.
A chanceler considerou essencial que todos aceitem a ideia de que "a saída para a crise será um longo processo" e que é preciso atacar os problemas essenciais de alguns países europeus, "um endividamento catastrófico" e "uma falta de competitividade", segundo ela.
Solucionar estes problemas "não será feito de um dia para o outro", disse.