Economia

Crescimento mundial melhora mesmo com desacelerações, diz FMI

Segundo o Fundo, o avanço na maior parte do mundo compensa o resultados fracos dos Estados Unidos, Reino Unido e Índia

FMI: Fundo melhorou em 0,1 ponto percentual sua previsão de crescimento econômico global para 2017 (Reprodução/Bloomberg)

FMI: Fundo melhorou em 0,1 ponto percentual sua previsão de crescimento econômico global para 2017 (Reprodução/Bloomberg)

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Reuters

Publicado em 10 de outubro de 2017 às 10h35.

Última atualização em 10 de outubro de 2017 às 10h51.

Washington - A atual expansão econômica mundial deve ser sustentada neste ano e no próximo, afirmou o Fundo Monetário Internacional (FMI) nesta terça-feira, com o avanço na maior parte do mundo compensando resultados fracos dos Estados Unidos, Reino Unido e Índia.

O FMI melhorou em 0,1 ponto percentual sua previsão de crescimento econômico global para 2017 a 3,6 por cento e, para 2018, a 3,7 por cento, diante da melhora no comércio, investimento e confiança dos consumidores.

As previsões para zona do euro, Japão, China, mercados emergentes na Europa e Rússia foram revisadas para cima.

A perspectiva de crescimento nos Estados Unidos ficou inalterada em relação ao relatório de julho em 2,2 por cento neste ano e 2,3 por cento em 2018, já que os cortes nos impostos pela administração do presidente Donald Trump ainda não se materializaram.

"Dada a incerteza política significativa, a previsão macroeconômica da equipe do FMI agora usa como base as políticas inalteradas, enquanto o WEO (Cenário Econômico Mundial) de abril de 2017 foi baseado em um estímulo fiscal com a antecipação dos cortes de impostos", disse o Fundo em suas revisões das previsões econômicas para os EUA.

O crescimento econômico na zona do euro foi revisado para cima ante a previsão de julho para 2,1 por cento em 2017 e 1,9 por cento em 2018, refletindo uma alta das exportações, uma demanda doméstica mais forte devido a condições financeiras expansionistas e uma redução do risco político.

O Fundo, porém, advertiu que o crescimento da zona do euro continuará sob pressão devido à fraca produtividade, ao envelhecimento da população e, em alguns países, à dívida alta.

O crescimento econômico no Reino Unido para 2017 já tinha sido reduzido pelo Fundo para 1,7 por cento após a votação para deixar a União Europeia e as negociações até agora pouco conclusivas sobre o Brexit.

O Fundo já havia reduzido sua previsão de 2017 em 0,3 ponto percentual em julho ante abril e manteve sua última previsão.

O FMI elevou a previsão de crescimento da China até 2022, assumindo que as autoridades em Pequim manterão as políticas expansionistas. O Fundo prevê um crescimento de 6,8 por cento neste ano e de 6,5 por cento para o próximo, superiores em 0,1 ponto percentual ante previsão de julho.

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