Economia

Crescimento dos EUA no 4o tri é revisado para cima

WASHINGTON (Reuters) - A economia dos Estados Unidos cresceu no quarto trimestre em ritmo ligeiramente superior ao anteriormente estimado, devido a uma revisão na queda dos estoques. O Departamento de Comércio informou nesta sexta-feira que sua segunda leitura do Produto Interno Bruto (PIB) apontou uma expansão anualizada de 5,9 por cento, ante dado preliminar de […]

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 26 de fevereiro de 2010 às 21h46.

WASHINGTON (Reuters) - A economia dos Estados Unidos cresceu no quarto trimestre em ritmo ligeiramente superior ao anteriormente estimado, devido a uma revisão na queda dos estoques.

O Departamento de Comércio informou nesta sexta-feira que sua segunda leitura do Produto Interno Bruto (PIB) apontou uma expansão anualizada de 5,9 por cento, ante dado preliminar de 5,7 por cento.

É o ritmo mais forte de crescimento desde o terceiro trimestre de 2003 e supera a taxa de 2,2 por cento de expansão anualizada registrada no terceiro trimestre.

Analistas consultados pela Reuters previam para o quarto trimestre alta de 5,7 por cento.

Apesar de a economia ter se recuperado na segunda metade de 2009 da pior recessão desde os anos 1930, os dados até agora sugerem que a alta taxa de crescimento desacelerou um pouco no primeiro trimestre de 2010.

Uma forte parada no ritmo no qual os empresários liquidavam estoques somada a um aumento no gasto com equipamentos e softwares impulsionou o crescimento no quarto trimestre, contrabalançando gasto do consumidor e investimento residencial mais fracos.

Excluindo os estoques, a economia se expandiu a uma taxa anualizada de 1,9 por cento, abaixo da leitura preliminar de 2,2 por cento, indicando que o crescimento não está sendo conduzido pela demanda.

Os estoques empresariais caíram apenas 16,9 bilhões de dólares no quarto trimestre, número revisado ante a leitura preliminar de 33,5 bilhões de dólares.

Eles caíram 139,2 bilhões de dólares no período entre julho e setembro. A mudança nos estoques sozinha acrescentou 3,88 pontos percentuais ao PIB no último trimestre.

Foi a maior contribuição percentual desde o quarto trimestre de 1987.

Em 2009 como um todo, a economia encolheu 2,4 por cento, o maior declínio desde 1946, disse o Departamento.

Nos últimos três meses de 2009, o gasto do consumidor cresceu 1,7 por cento, em vez da taxa de 2 por cento relatada em janeiro. Isso ficou abaixo dos 2,8 por cento no trimestre anterior, quando o consumo foi impulsionado pelo incentivo governamental à troca de carros, conhecido como "cash for clunkers".

No quarto trimestre, o gasto do consumidor -- que normalmente representa cerca de 70 por cento da atividade econômica dos EUA -- contribuiu com 1,23 pontos percentuais ao PIB.

O Departamento confirmou que o forte gasto com equipamentos e softwares fez o investimento empresarial crescer pela primeira vez desde o segundo trimestre de 2008, apesar de uma queda no gasto em imóveis comerciais.

O investimento empresarial cresceu 6,5 por cento, muito mais que a taxa de 2,9 por cento estimada no mês passado. Ele tinha diminuído 5,9 por cento no trimestre anterior.

O gasto em novas construções de moradias cresceu a uma taxa mais lenta, de 5 por cento, no quarto trimestre, em vez dos 5,7 por cento estimados no mês passado. No terceiro trimestre, o gasto cresceu 18,9 por cento.

Tanto as exportações quanto as importações cresceram muito mais do que o inicialmente estimado no quarto trimestre, deixando um déficit orçamentário que contribuiu com 0,3 pontos percentuais ao crescimento do PIB, mostraram os dados.

(Reportagem de Lucia Mutikani)

Acompanhe tudo sobre:Crescimento econômicoDesenvolvimento econômicoEstados Unidos (EUA)Países ricos

Mais de Economia

Presidente do Banco Central: fim da jornada 6x1 prejudica trabalhador e aumenta informalidade

Ministro do Trabalho defende fim da jornada 6x1 e diz que governo 'tem simpatia' pela proposta

Queda estrutural de juros depende de ‘choques positivos’ na política fiscal, afirma Campos Neto

Redução da jornada de trabalho para 4x3 pode custar R$ 115 bilhões ao ano à indústria, diz estudo