Economia

Crescimento estimado em 2013 não gera pressão inflacionária

Diretor de Política Econômica do BC afirma que os investimentos recuaram nos últimos cinco trimestres, devido a incertezas domésticas e externas


	Prateleira: a tendência é continuidade do crescimento, com expansão do crédito em ritmo moderado
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Prateleira: a tendência é continuidade do crescimento, com expansão do crédito em ritmo moderado (Arquivo)

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Da Redação

Publicado em 21 de dezembro de 2012 às 17h42.

Brasília – O ritmo de crescimento da economia previsto para o próximo ano não gera desequilíbrios, como pressões inflacionárias, avalia o diretor de Política Econômica do Banco Central (BC), Carlos Hamilton Araújo, que apresentou hoje (20) o Relatório de Inflação, divulgado trimestralmente.

De acordo com o relatório, a projeção para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), soma de todos os bens e serviços produzidos no país, no período de quatro trimestres encerrado em setembro de 2013 é 3,3%.

“É um ritmo que se acomoda confortavelmente dentro daquilo que acreditamos ser o ritmo potencial da economia brasileira”, disse Araújo.

O diretor acrescentou que os investimentos recuaram nos últimos cinco trimestres, devido a incertezas domésticas e externas. “Mas avaliamos que o relaxamento das condições financeiras, fortes ingressos de investimento estrangeiro direto, programas de concessões públicas, a gradual recuperação da confiança criam ambiente positivo para o investimento nos próximos trimestres”, argumentou. A projeção do BC para o investimento (formação bruta de capital fixo) é um aumento de 3,1%, no período de quatro trimestres encerrado em setembro de 2013.

Sobre o consumo das famílias, segundo o diretor, a tendência é continuidade do crescimento, com expansão do crédito em ritmo moderado. Também devem contribuir para o consumo os programas de transferência do governo e aumento da renda. De acordo com projeção do BC, o consumo das famílias deve apresentar expansão de 4%, no período de quatro trimestres encerrado em setembro de 2013. A previsão para o aumento do consumo do governo é 2,9%.

Araújo avaliou ainda que o setor de serviços deve ter desempenho melhor no próximo ano. Segundo ele, as reduções de taxas de juros geraram impactos para o segmento de serviços financeiros e isso não deve voltar a ocorrer no próximo ano, na mesma magnitude. “Acredito que não vamos ter repetição de redução de juros tão significativas”, disse. A estimativa do BC é que o setor de serviços cresça 3,2%, no período de quatro trimestres encerrado em setembro de 2013. A estimativa para a variação da produção agropecuária é 4,8% e para a indústria, 2,8%.

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