Madri - O Produto Interno Bruto da Espanha cresceu 0,6% no segundo trimestre em relação ao trimestre anterior, levemente acima do previsto, e marca uma aceleração depois de subir 0,4% no primeiro trimestre, segundo dados provisórios publicados nesta quarta-feira.
O governo revisou na terça-feira em alta suas previsões de crescimento e espera agora que se aproxime de 1,5% neste ano, sinal de uma melhora da quarta economia da Eurozona, embora o desemprego siga em um nível recorde próximo a 25%.
A progressão interanual do PIB no período de março a julho é de 1,2%, quando era de 0,5% no primeiro trimestre.
"Este resultado ocorre como consequência de uma melhora da contribuição da demanda nacional, que é contrabalançada parcialmente por uma piora da contribuição da demanda externa", indica o Instituto Nacional de Estatísticas (INE) em um comunicado.
A Espanha, duramente atingida por uma explosão em 2008 da bolha imobiliária que alimentava o crescimento de sua economia, realiza desde o início de 2012 um plano de austeridade histórico.
No terceiro trimestre de 2013 saiu timidamente de sua segunda recessão em cinco anos.
Desde então, a recuperação econômica mostra sinais de aceleração, com um crescimento de 0,2% no quarto trimestre de 2013 e de 0,4% entre janeiro e março deste ano.
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1. Retratos da crise
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1/7 (Dominique Faget/AFP)
São Paulo – O símbolo do
Bankia que aparece na foto ao lado é visto com frequência quando o assunto é a
crise na
Espanha. O banco precisou receber injeção financeira do governo espanhol. Mas esse não é o único problema que o país enfrenta em meio à crise financeira e tão pouco esta é a única imagem para retratar as questões. Pessoas procurando emprego, protestos contra austeridade e até famílias que começaram a precisar revirar lixo são outras cenas que dão noção de como a crise atingiu a Espanha. Confira algumas dessas imagens clicando nas fotos
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2. Comida no lixo
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2/7 (Pablo Blazquez Dominguez/Getty Images)
A foto ao lado mostra pessoas que não moram na rua procurando por comida em meio ao que sobrou após um dia num mercado em Madri. Uma reportagem do
The New York Times mostrou que essa é uma tendência crescente na Espanha. Com dificuldade de conseguir emprego ou com salários muito baixos, mais pessoas estão tendo que recorrer a lixeiras e casas de caridade para buscar comida. O problema cresce tanto que, segundo a reportagem, a cidade de Girona decidiu trancar lixeiras próximas a supermercados por uma questão de “saúde pública”.
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3. Desemprego em alta
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3/7 (Reuters/Susana Vera)
Juan Carlos, um homem de 40 anos de idade, busca emprego (ou uma ajuda para pagar o aluguel) com uma placa no centro de Madri, em 25 de setembro de 2012. Ele é mais um dos que sofrem com a altíssima taxa de
desemprego no país. Num levantamento recente entre as principais economias do mundo,
EXAME.com mostrou que a taxa de desemprego na Espanha, de 25,1%, é maior do que na Grécia, que está em 24,4%.
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4. Protestos contra austeridade
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4/7 (Reuters/Andrea Comas)
Manifestações populares contra medidas austeras não são raras pela Europa. A imagem ao lado mostra manifestantes em uma dessas missões. A foto foi tirada em 25 de setembro de 2012, em frente ao parlamento espanhol, em Madri. A imagem mostra a polícia se preparando para contar uma multidão que manifesta contra cortes de orçamento para 2013.
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5. Separatismo na Catalunha
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5/7 (David Ramos/Getty Images)
Com a crise crescente, aumenta também o sentimento separatista de algumas regiões autônomas da Espanha. A foto ao lado mostra uma manifestação em Barcelona pela separação da Catalunha do restante do país. A região é uma das mais ricas da Espanha e a manifestação ocorreu em 11 de setembro. A expectativa é que a Catalunha
promova um referendo para votar a separação do restante da Espanha.
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6. Mercado imobiliário
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6/7 (Oli Scarff/Getty Images)
A Espanha enfrenta também uma crise imobiliária. A imagem ao lado, feita em julho de 2012, mostra um residencial na cidade de Seseña. Construído para ser casa de até 30 mil pessoas (mais do que a população local, na expectativa de atrair moradores de cidades vizinhas), o projeto não deslanchou em vendas e a maior parte dos apartamentos continuou vazia no lançamento.
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7. Agora veja por onde a crise não passa
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7/7 (Divulgação)