Economia

Crescimento da zona do euro no 4º tri é revisado para 0,4%

Revisão deixou o resultado abaixo da estimativa anterior da Eurostat de expansão de 0,5 por cento

Zona do euro: Eurostat também informou ainda que a produção industrial da região caiu 1,6 por cento em dezembro sobre o mês anterior (vetkit/Thinkstock)

Zona do euro: Eurostat também informou ainda que a produção industrial da região caiu 1,6 por cento em dezembro sobre o mês anterior (vetkit/Thinkstock)

R

Reuters

Publicado em 14 de fevereiro de 2017 às 08h38.

Última atualização em 14 de fevereiro de 2017 às 08h55.

Bruxelas - A economia da zona do euro cresceu menos do que inicialmente estimado no último trimestre do ano passado, uma vez que a produção industrial registrou a pior queda em mais de 4 anos em dezembro, segundo estimativas da agência de estatísticas da União Europeia, Eurostat.

A Eurostat disse nesta terça-feira que o Produto Interno Bruto (PIB) dos 19 países que usam o euro cresceu 0,4 por cento nos últimos três meses de 2016 sobre o período anterior, revisando para baixo a sua estimativa anterior, divulgada em 31 de janeiro, de uma alta de 0,5 por cento.

A agência também revisou para baixo a estimativa de crescimento do PIB na comparação anual para 1,7 por cento no quarto trimestre, de 1,8 por cento.

A revisão deu-se em parte a uma grande queda na produção da indústria em dezembro, que ficou 1,6 por cento menor do que em novembro, a queda mais acentuada desde setembro de 2012, quando diminuiu 1,9 por cento.

Economistas consultados pela Reuters esperavam uma queda de 1,5 por cento.

Em comparação com o ano anterior, a produção industrial da zona do euro subiu 2,0 por cento, desacelerando ante a alta de 3,2 por cento em novembro. O mercado esperava crescimento de 1,7 por cento.

A queda da produção em dezembro se deve principalmente ao recuo de 3,3 por cento na produção de bens de capital, como máquinas, um sinal de diminuição do apetite por investimentos de longo prazo.

A produção também diminuiu nos setores da energia, bens de consumo não duráveis e bens intermediários.

Acompanhe tudo sobre:Crescimento econômicoEuropaUnião EuropeiaZona do Euro

Mais de Economia

Presidente do Banco Central: fim da jornada 6x1 prejudica trabalhador e aumenta informalidade

Ministro do Trabalho defende fim da jornada 6x1 e diz que governo 'tem simpatia' pela proposta

Queda estrutural de juros depende de ‘choques positivos’ na política fiscal, afirma Campos Neto

Redução da jornada de trabalho para 4x3 pode custar R$ 115 bilhões ao ano à indústria, diz estudo