Japonesa conta notas de iene: governo disse repetidas vezes que tem o apetite para reorganizar a segunda maior economia do mundo, e no mês passado elaborou uma agenda ambiciosa para a próxima década (Yoshikazu Tsuno/AFP)
Da Redação
Publicado em 10 de dezembro de 2013 às 08h25.
Pequim - Os líderes da China começaram a detalhar seus planos econômicos e de reformas para 2014 em reunião fechada nesta terça-feira, e devem ter se sentido mais confiantes com dados mostrando que a economia tem mantido ímpeto desde meados do ano até este último trimestre.
Mesmo que a meta de crescimento de 7,5 por cento para este ano pareça cada vez mais segura, alguns conselheiros acham que o governo pode não anunciar uma meta específica para 2014, a fim de ter maior margem para buscar reformas com o propósito de conduzir o país para um crescimento mais sustentável.
O governo disse repetidas vezes que tem o apetite para reorganizar a segunda maior economia do mundo, e no mês passado elaborou uma agenda ambiciosa para a próxima década, mas também tem mostrado aversão à desaceleração do crescimento para 7 por cento.
Os principais institutos de pesquisa governamentais, que fazem propostas de política, ainda estavam debatendo se a meta de crescimento deve ser reduzida para 7 por cento em 2014 ante os 7,5 por cento deste ano, enquanto a liderança se reunía em Pequim para a Conferência de Trabalho Econômico Central.
O vice-presidente do Instituto de Finanças e Ativos da Universidade Renmin, Zhao Xijun, disse que propôs ao governo que estabeleça uma faixa de 7 a 7,5 por cento, mas vê chance de que Pequim simplesmente descarte a meta.
"É até melhor não anunciar uma meta, caso contrário você fortalece a importância do Produto Interno Bruto (PIB)", disse Zhao, acrescentando que o governo pode simplesmente destacar a estabilidade econômica para o próximo ano.
A conferência anual reúne importantes líderes de partidos, ministros e autoridades de províncias para estabelecer as metas econômicas para o ano adiante, que serão anunciadas no Parlamento em março do próximo ano, de acordo com economistas do governo familiarizados com as reuniões.
Economistas esperam que as prioridades incluam preparativos para liberalizar as taxas de depósito bancárias e maior convertibilidade do iuan em uma nova zona de livre comércio em Xangai.
A intenção geral é reestruturar a economia da China para que ela seja conduzida pelo consumo e serviços, como é o caso nas economias ocidentais, em vez das exportações e investimentos.
A busca por reformas significa que o crescimento será mais lento --algo que líderes têm dito estarem confortáveis visto que levará para um crescimento mais sustentável.
Mas quando a desaceleração prolongada se estendeu ao longo do primeiro semestre de 2013 e analistas questionaram se a meta de crescimento seria atingida, o governo entrou em ação para estimular a atividade econômica.
Isso fez com que o crescimento acelerasse no terceiro trimestre, e muitos analistas esperavam que houvesse perda de ímpeto no final do ano. Entretanto, dados nesta terça-feira mostraram que as vendas no varejo, a produção industrial e o investimento mantiveram as taxas de crescimento anual em novembro.