Rua 25 de março: cresce o volume de vendas e receitas nominais do comércio em maio (Ricardo Correa/Exame)
Da Redação
Publicado em 16 de julho de 2014 às 13h17.
Rio de Janeiro - O comércio varejista do país registrou crescimento de 0,5% no volume de vendas e 1% da receita nominal no mês de maio em relação a abril, na série livre de influências sazonais. Em comparação com maio do ano passado, no entanto, o crescimento é ainda mais expressivo, o volume de vendas cresceu 4,8% e a receita nominal 11,4%.
Os dados foram divulgados hoje (16) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística e indicam que com o resultado de maio, o volume de vendas fechou os primeiros cinco meses do ano com crescimento acumulado de 5%, enquanto as vendas nominais em 11,2%. No que diz respeito à taxa anualizada (últimos doze meses), as vendas cresceram 4,9% e a receita nominal 11,7%.
Os dados dizem respeito à Pesquisa Mensal de Comércio (PMC) e ressaltam, ainda, que o comércio varejista ampliado - que inclui o varejo e mais as atividades de veículos, motos, partes e peças e de material de construção - voltou a registrar em maio de 2014, variação negativa para o volume de vendas (-0,3%) e crescimento para a receita nominal (0,4%) ambas as taxas em relação a abril, com ajuste sazonal.
Em maio, oito das dez atividades que integram a PMC registraram variações positivas para o volume de vendas, na série com ajuste. Os principais destaques foram para equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (alta de 2,4%); outros artigos de uso pessoal e doméstico (de 2,4%); livros, jornais, revistas e papelaria (1,9%); e móveis e eletrodomésticos (1,8%).
Em relação a maio do ano passado, série sem ajuste sazonal, seis das oito atividades do varejo apresentaram aumento no volume de vendas, com destaque de 3,1% para hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo; 12,4% em outros artigos de uso pessoal e doméstico; 8,3% para móveis e eletrodomésticos; e 10% para artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos.
O IBGE ressaltou que o segmento de hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, com variação de 3,1% no volume de vendas em relação a maio do ano anterior, segue como o principal impacto na formação da taxa do varejo, respondendo por 31% do total. O IBGE atribui esse resultado ao aumento das vendas decorrente da comemoração do Dia das Mães.
As vendas de outros artigos de uso pessoal e doméstico tiveram crescimento de 12,4% em relação a maio de 2013 (variação de dois dígitos pelo segundo mês consecutivo), o que proporcionou o segundo maior impacto na formação da taxa do varejo, responsável por 26%.
O comércio varejista ampliado, que inclui o varejo e mais as atividades de veículos, motos, partes e peças e de material de construção, apresentou queda de 0,3% em relação ao mês anterior ajustado sazonalmente e variação de 0,9% em relação a maio de 2013, depois de dois meses com resultado interanual negativo.
Este desempenho reflete, sobretudo, o comportamento das vendas de veículos, motos, partes e peças, que apresentou queda de 1,9% em abril de 2014 com ajuste sazonal, e queda de 6,3% em relação a maio de 2013. As taxas acumuladas dessa atividade foram -5,6% no ano e -3,6% em 12 meses. Segundo o IBGE, “o menor ritmo de crescimento do crédito e a desaceleração do consumo, explicam esse comportamento”.
A analise regional da PMC indica que, em comparação a maio de 2013, todas as unidades da Federação apresentaram resultados positivos, com destaques para as altas no Acre (16,5%); Tocantins (14,4%); em Rondônia (14,1%); no Amapá (10,1%) e Ceará (9,3%).
Quanto à participação dos estados na composição da taxa global, destacaram-se São Paulo (3,4%); Rio de Janeiro (5,2%); Rio Grande do Sul (5,7%); Bahia (7,9%) e Minas Gerais, com 3,7%.
Os resultados por unidades da federação com ajuste sazonal para o volume de vendas cresceram em 22 estados. As maiores variações foram no Acre (16,1%); no Amazonas (5,1%); na Bahia (3,8%); em Rondônia (3,7%); e no Tocantins (2,9%). Já as maiores quedas ocorreram no Amapá (-2,9%); no Espírito Santo (-0,9%) e em São Paulo (-0,4%).