Economia

Cresce na UE adesão para taxar bancos

A 20 dias da realização da assembleia de verão do Fundo Monetário Internacional (FMI), as três maiores economias da União Europeia (UE) estão acertando uma proposta comum para a criação de um imposto sobre o sistema financeiro. Antes bombardeada por críticas nos Estados Unidos, a taxa agora é objeto de debates públicos na Alemanha, na […]

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h45.

A 20 dias da realização da assembleia de verão do Fundo Monetário Internacional (FMI), as três maiores economias da União Europeia (UE) estão acertando uma proposta comum para a criação de um imposto sobre o sistema financeiro. Antes bombardeada por críticas nos Estados Unidos, a taxa agora é objeto de debates públicos na Alemanha, na França e no Reino Unido, cujos governos estudam a adoção de uma legislação europeia sobre o tema.

A proposta de taxar o sistema financeiro começou a ter visibilidade internacional em setembro, quando da reunião de cúpula do G-20 (grupo das 20 maiores economias do mundo) em Pittsburgh, nos EUA. Em novembro, durante a reunião ministerial do G-20, em Saint Andrews, na Escócia, ganhou força com o apoio oficial do primeiro-ministro do Reino Unido, Gordon Brown. À época, o premiê sugeriu a adoção de uma taxa global de seguro, destinada a servir como garantia em caso de risco generalizado ao sistema financeiro.

Passados quatro meses, o assunto voltou com força nessa semana na Europa, quando os governos da Alemanha, da França e do Reino Unido assumiram em público que trabalham pela implantação de um imposto sobre os bancos, seguradoras e fundos de investimentos. Na dianteira do processo está a chanceler alemã Angela Merkel, que planeja transformar o projeto em lei na Alemanha até o início do verão, em três meses. Segundo seu ministro de Finanças Wolfgang Schäuble, o objetivo da iniciativa é oferecer recursos aos órgãos reguladores para estes que possam desmembrar bancos que representem ameaça sistêmica.

Os recursos, explicou Schäuble, seriam mantidos em um fundo de reestruturação, sem relação com o orçamento do Estado. A ideia alemã é coletar entre 1 bilhão de euros e 1,2 bilhão de euros por ano, montante que seria aplicado apenas em caso de crise, uma forma de evitar o contágio das contas públicas, como ocorre neste momento na Europa. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Acompanhe tudo sobre:BancosEuropaFinançasFMI

Mais de Economia

Eleição de Trump elevou custo financeiro para países emergentes, afirma Galípolo

Estímulo da China impulsiona consumo doméstico antes do 'choque tarifário' prometido por Trump

'Quanto mais demorar o ajuste fiscal, maior é o choque', diz Campos Neto

Manifestantes se reúnem na Avenida Paulista contra escala 6x1