Economia

Cresce peso do Nordeste e Centro-Oeste na construção

Segundo o IBGE, esse desempenho resulta dos investimentos do PAC e do Programa Minha Casa, Minha Vida, assim como das obras da Copa do Mundo de 2014

No Centro-Oeste, o destaque foi a construção da Ferrovia Norte-Sul  (Manoel Marques/Veja)

No Centro-Oeste, o destaque foi a construção da Ferrovia Norte-Sul (Manoel Marques/Veja)

DR

Da Redação

Publicado em 15 de junho de 2012 às 12h28.

Rio de Janeiro - De 2007 para 2010, o Nordeste e o Centro-Oeste aumentaram a participação na indústria nacional da construção, na comparação com as demais regiões do país. O dado consta da Pesquisa Anual da Construção (Paic) 2010, divulgada hoje (15) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O Nordeste registrou no período um crescimento de 17% para 19% no pessoal ocupado e de 11,7% para 13,8% no valor das incorporações, obras e serviços. No Centro-Oeste, houve ampliação de 7,2% para 7,6% na mão de obra empregada, enquanto as incorporações, obras e serviços aumentaram de 6,8% para 7,4%.

Segundo o IBGE, esse desempenho resulta do fato de que as duas regiões se beneficiaram dos investimentos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e do Programa Minha Casa, Minha Vida, assim como das obras preparatórias para a Copa do Mundo de 2014. Entre essas obras, destacam-se, no Nordeste, a transposição do Rio São Francisco, o emissário submarino de Salvador (sistema de lançamentos de resíduos no oceano, distante da costa) e as ferrovias Transnordestina e Leste-Oeste. Já no Centro-Oeste, os destaques foram a construção da Ferrovia Norte-Sul e as obras de duplicação de diversas rodovias.

Apesar do crescimento verificado nas regiões Nordeste e no Centro-Oeste, o Sudeste manteve em 2010 a maior participação em pessoal ocupado (56,1%) e no valor das incorporações, obras e serviços da indústria da construção (63,6%).

No geral, a pesquisa do IBGE mostra que em 2010 as incorporações, obras e serviços das empresas de construção somaram R$ 258,8 bilhões, um aumento real de 23,3% em relação a 2009. Excluindo-se as incorporações, o valor das obras e serviços atingiu R$ 250 bilhões, 42,8% dos quais provenientes de obras públicas. Essa participação foi ligeiramente menor do que em 2009, quando as obras públicas representaram 44% do total. Já a receita operacional líquida atingiu R$ 245,2 bilhões, uma expansão de 23,4% sobre 2009.

Em 2010, as 79,4 mil empresas de construção do país empregaram cerca de 2,5 milhões de pessoas e tiveram gastos com pessoal ocupado no total de R$ 63,1 bilhões. Esses gastos representaram 30,7% do total de custos e despesas do setor, que foi R$ 205,6 bilhões. O salário médio mensal ficou em R$ 1.300, 8,7% superior aos R$ 1.196 de 2009.

Os números da Paic mostram ainda que entre 2007 e 2010 a receita bruta da construção cresceu 96,3%, passando de R$ 134 bilhões para R$ 263,1 bilhões. A pesquisa levantou informações sobre o segmento empresarial em todo o território nacional, comparando os dados com os de 2009 e 2007.

Acompanhe tudo sobre:Centro-OesteConstrução civilCopa do MundoEsportesFutebolHabitação no BrasilIndústriaMinha Casa Minha VidaPAC – Programa de Aceleração do CrescimentoRegião Norte

Mais de Economia

FMI alerta para produtividade 'decepcionante' da economia global com exceção dos EUA

Com inflação de alimentos em alta, Rui Costa diz que governo vai fazer ‘conjunto de intervenções’

Mesmo com alíquota de IVA reduzida, advogado pode pagar imposto maior após reforma; veja simulações