Dados divulgados pela autoridade monetária mostraram ainda que a inadimplência geral ficou em 5,5% no mês passado (Divulgação/Banco Central)
Da Redação
Publicado em 27 de janeiro de 2012 às 10h19.
Brasília - O crescimento do estoque de crédito em 2011 superou as expectativas do Banco Central e atingiu 19 por cento contra 2010. A previsão era que o ano fechasse com uma expansão de 17,5 por cento.
De acordo com informação divulgada nesta sexta-feira pelo BC, o volume superou a barreira de 2 trilhões de reais, terminando o ano com 2,030 trilhões de reais, o que representou um crescimento de 2,3 por cento em dezembro contra novembro, chegando a 49,1 por cento do Produto Interno Bruto (PIB).
Em 2010, o volume total de crédito havia crescido 20,6 por cento.
Dados divulgados pela autoridade monetária mostraram ainda que a inadimplência geral ficou em 5,5 por cento no mês passado, frente a 5,6 por cento em novembro.
A inadimplência para pessoas físicas ficou em 7,3 por cento em dezembro, estável em relação a novembro. Para pessoa jurídica, houve queda de 0,1 ponto percentual, para 3,9 por cento no mês passado.
O spread bancário -diferença entre o custo de captação dos bancos e a taxa efetivamente cobrada para os consumidores finais- caiu de 28,2 pontos percentuais em novembro para 26,9 pontos percentuais em dezembro. Para pessoas físicas, o spread ficou em 33,7 pontos no mês passado, contra 34,6 pontos em novembro. As empresas pagaram spread de 17,9 pontos contra 19,2 pontos percentuais no período.
A taxa média de juros geral caiu para 37,1 por cento ao ano em dezembro, contra 38,5 por cento em novembro. Para pessoas físicas, a taxa atingiu 43,8 por cento, menor do que os 44,7 por cento de novembro. A taxa para empresas também caiu, para 28,2 por cento, contra 29,8 por cento no período.
Os bancos públicos aumentaram a participação das operações de crédito em relação ao PIB. Em dezembro, as instituições estatais responderam por 21,4 por cento do PIB, aumento de 0,8 ponto percentual sobre o dado revisado de novembro. As instituições privadas nacionais ficaram com fatia estável de 19,2 por cento, enquanto que os estrangeiros ficaram com 8,5 por cento do PIB, variação positiva de 0,1 ponto percentual.
A Taxa Preferencial Brasileira (TPB), oferecida por instituições financeiras aos maiores clientes jurídicos, fechou novembro em 14,9 por cento ao ano, queda de 1,1 ponto percentual em relação a outubro.